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14 - AS DIVERSAS FACES DAS CELEBRAÇÕES DOS SANTOS JUNINOS

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • há 1 dia
  • 2 min de leitura

Impõem-se antes, delimitar o tema para abordá-lo como “questão de fé”.

       Seria inviável condensar numa página as “faces” dos festejos juninos (ou joaninos). Por exemplo, a enculturação do Cristianismo valendo-se de aspectos positivos das festividades pagãs, o empenho da Igreja em purificar a religiosidade popular e devoções contaminadas por excessos folclóricos e crendices.

Limito-me, então, à face da identidade religiosa do povo em seu modo de pertença à Igreja.

        Corrigindo as possíveis ambiguidades e desvios, encontramos aqui um espaço privilegiado para evangelizar. Ora, se é louvável confraternizar-se na alegria, coisa bem coerente com o anúncio da Boa Nova, é reprovável não separar o joio do trigo, num ambiente que favoreça a exploração, o exagero na bebida, as imprudências no manejo de balões e queima de fogos, as diversões irresponsáveis, infelizmente, isso existe aqui e ali nas comemorações juninas a pretexto de invocar os três santos: Antonio, João e Pedro.

    Folclore, religiosidade ambígua, interesses menores e as “faces” das superstições e simpatias se misturam à devoção cristã genuína. O rosto da festa junina deve ser limpo de crendices e espelhar a sã doutrina.

Festa junina tem fogueira, casamento caipira, quadrilha, comida e bebida em abundância, quitutes salgados e doces, pratos típicos como: pamonha, curau, canjica etc, etc. Foguetório e sanfona, tudo diversão.

       No Nordeste, a popularidade da Festa de São João, atrai deputados e senadores da região que “aparecem” para mostrar seu rosto e garantir o seu reduto eleitoral. Contudo, cabe perguntar: onde fica a mensagem cristã? Onde há oração? O que sobra do louvor ao santo? Só o mastro?

        Na ótica das “Questões de Fé” o conceito de celebração nos relaciona de imediato a Cristo. Só Ele é a fonte e a razão de toda e qualquer ação celebrativa na Igreja e na vivência individual dos discípulos. Pode ser celebração sacramental, litúrgica, paralitúrgica, devoção popular, ritual de bênçãos etc.

        Se a prática religiosa não nos ligar à Cristo, na intenção e de fato, se não apontar para o mistério de sua Páscoa, ela realmente impede o anúncio primeiro: a fé no Cristo ressuscitado, o querigma!

        Haverá desvio na maneira de celebrar. Não importam o entusiasmo, o costume, o brilho visual da cerimônia, rito ou ato nem o lucro de turismo.

É sabedoria na fé, venerar Santo Antonio, São João, São Pedro e São Paulo sem macular-se com diversões não sadias, sem misturar-se aos maus intencionados, nem se envolver com as coisas mesquinhas.

  A liturgia deve ser sempre pela instruída pela Catequese. Celebrando sua fé, o Povo de Deus é assembleia que reza e se santifica.

A festa religiosa nos ajuda a santificar o tempo, que não é só descanso e diversão. O anúncio da Boa Nova é a fonte da alegria.

Pe. Antonio Clayton Sant’Anna

 

 
 
 

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