No dia 4 de outubro comemora-se o Dia da Ecologia. Infelizmente, com a irresponsabilidade que se tem visto com o planeta, não há muito o que se comemorar. As queimadas, os desmatamentos, o índice de poluição, batem recordes por aí.
Do cientista político Daniel P. Aldrich, a máxima: o caminho certo para a mudança climática é criar resiliência. Palavras certas para o momento certo. Mundo afora, a mudança climática – aquecimento dos mares, temperaturas subindo, secas prolongadas e suas consequências, erosões, migrações, invasões, desastres naturais – vem provocando ajustes, adaptações, criação de novas estruturas físicas para chegar à celebrada resiliência.
E nós, o que estamos fazendo? As notícias são alarmantes. O mar está tomando seu espaço, reduzindo a faixa de areia, invadindo as avenidas à beira mar e chegando ao hall de entrada de edificações como hotéis suntuosos, gigantescos prédios residenciais, em áreas nobres de grandes capitais. Sabe-se que as cidades de Recife e Rio de Janeiro estão entre as mais ameaçadas.
Daqui a duas semanas, a atenção do mundo estará voltada para a cidade de Glasgov, na Suiça, onde será realizado mais um evento, onde se discutirá sobre as condições climáticas, a emissão de gases poluentes e suas consequências para o planeta. Estejamos atento a esse evento.
Antes do surgimento das primeiras industrias, o lixo era produzido em pequenas quantidades e constituído basicamente, de sobras de alimentos. A partir da Revolução Industrial, em meados do século XVII, as fábricas começaram a produzir objetos de consumo em larga escala e a introduzir novas embalagens no mercado. Aumentando consideravelmente o volume e a diversidade dos resíduos.
Nos últimos tempos, o avanço da tecnologia, associado ao desejo dos consumidores por produtos de melhor qualidade e sempre atualizados fez com que as indústrias lançassem no mercado, bens de pouca durabilidade. Nossa sociedade passou a viver a era dos descartáveis, em que a maior parte dos produtos é utilizada e depois rejeitada.
O agravamento do consumo fica ainda mais claro quando se une à capacidade de produzir em grande escala ao fenômeno do crescimento populacional observado nas ultimas gerações. A imagem a seguir mostra esse crescimento ao longo dos séculos, deixando claro que a explosão demográfica aumenta as demandas por suprimento de alimentos, energia e matérias-primas.
Nesta edição, apresentaremos o Conceito de Gestão de Resíduos, seus processos, implicações e a necessidade de implementá-lo. Vamos ainda conhecer as formas de tratamento de resíduos, a coleta seletiva, além de mostrar a situação dos resíduos no Brasil; a fim de lidar de maneira adequada e planejada com esse produto da atividade humana, se faz necessário, também, conhecer melhor o lixo e os resíduos.
LIXO E RESÍDUO:
Quando se fala em Gestão de Resíduos, é preciso primeiramente diferenciar os conceitos de lixo e resíduo. Apesar de serem sinônimos na linguagem técnica, vemos na prática que se trata de coisas distintas.
A palavra lixo, derivada do latim lix, significa “cinza”. Nos dicionários é definida como sujeira, imundície, coisa imprestável, qualquer material produzido pelo ser humano que perde a utilidade e é descartado sem critério. Quando denominamos algo como “lixo”, associamos a algo sem valor, sujo, fétido, inútil.
RESÍDUO, por sua vez, seria aquilo que foi reaproveitado, por ainda ser considerado útil, ou teve uma destinação adequada, de forma a minimizar ao máximo os impactos sobre o Meio Ambiente. Portanto, a diferença está na atitude na hora do descarte.
VOCÊ SABIA?
Dependendo da origem do resíduo, a responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos varia. Veja a seguir:
Origem do Resíduo Responsável
Domiciliar Prefeitura
Comercial Prefeitura
Público Prefeitura
Serviço de saúde gerador (hospitais e etc)
Industrial gerador (indústrias)
Portos, aeroportos, terminais rodoviários,
Ferroviários e hidroviários gerador (portos e etc)
Agrícola gerador (agrícola e etc)
Entulho gerador
Em relação ao resíduo comercial, a prefeitura é responsável por quantidades pequenas (geralmente inferiores a 50 Kg), de acordo com a legislação municipal específica. Quantidades superiores são de responsabilidade dos geradores.
Apesar de haver diversos empecilhos, é possível controlar e reutilizar nossos resíduos. Tal atitude, todavia, depende apenas de nossa postura, do modo como lidamos com o problema. Uma das maneiras mais eficientes de conscientização é alertar para a prática dos 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar). Mas isso, veremos na próxima edição.
Educação Continuada SESI – Educação e Sustentabilidade
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