12 - MISSA SOLENE, PROCISSÃO, FOGOS E CARREATAS MARCAM AS COMEMORAÇÕES EM HONRA A N. S. APARECIDA

Nós, católicos, celebramos não só em maio, mas também em 12 de outubro, o Dia das Mães. Sim, porque celebramos a Mãe de Jesus e nossa Mãe, porque sendo filhos de Deus, temos Jesus como irmão; logo, a Virgem de Nazaré é também nossa mãe. Foi o próprio Jesus quem nos deu esse privilégio de chamar a sua mãe de nossa mãe, quando na cruz, disse: Mãe, eis aí os teus filhos e acrescentou, filhos, eis aí a tua Mãe.

Portanto, quando experimentamos os ares de uma nova estação, a primavera; é tempo de celebrar a Natividade de Nossa Senhora, celebrar o Mês da Palavra, as Missões, na Bíblia, Deus se comunica e nos quer comunicadores. Celebremos, pois, o Mês das Missões e o Dia de Nossa Senhora Aparecida. Quero neste mês das flores, erguer a Deus um grande hino de gratidão pelos meios de comunicação que proclamam a Palavra, que divulgam essa devoção, esse carinho por aquela que “avança como a aurora”, por quem nutrimos um amor filial e, através de quem recebemos as bênçãos de Deus, por meio dela é que recebemos os cuidados, o afeto e zelo de mãe, que nos acolhe e nos oferece seu colo.

Nesse dia, logo pela manhã, Cachoeira é despertada pelos fogos. Logo depois, passa por nossas ruas a carreata e motociata que saindo de Barão, percorre todo o município. Nesse ano, segundo o Jorge Monteiro, gari que na Praça da Figueira, contou 43 veículos entre carros, ônibus e caminhões. Foram 21 motocicletas que antecederam o desfila religioso, onde bandeiras do Brasil e estampas de Nossa Senhora Aparecida adornam os veículos.

O cortejo passa pela Capelinha de Nossa Senhora Aparecida, no bairro São Tomé, onde é recebido por um grupo de devotos que lhe serve um lanche. Nesse ano, a Santa Missa foi celebrada pela manhã – 09:30 horas – na Igreja-matriz. Uma procissão, saiu da Rua Mário Ribeiro, conduzindo a imagem de N. S. Aparecida até ao pátio da Matriz, onde se deu uma queima de fogos e na sequência a Missa festiva, onde se registrou um grande número de fiéis que, agradecidos, cantavam rezavam e agradeciam a Virgem Maria pelas bênçãos recebidas.

A Matriz, lindamente ornamentada, foi o cenário para muitas homenagens. Uma encenação, onde um grupo de jovens exibiram um balé, precedido dos “três pescadores” que encontraram nas águas turvas do rio Paraíba do Sul, a milagrosa imagem e, culminando com a coroação de Maria, aquela que foi concebida sem pecado, aquela a quem amamos como mãe.

Quando os ponteiros do relógio se encontram, marcando as 12:00 horas; aos céus de Cachoeira Alegre sobem os fogos, o azul celeste, ao sol do meio dia turva-se com a intensa queima de fogos. Em outros tempos, o serviço de auto falantes da Matriz, antecipavam esse momento com orações e hinos – Maria Capanga lá estava – Lembro-me que algumas vezes, reproduzi a consagração à Nossa Senhora Aparecida, na voz de Pe. Vitor Coelho de Almeida e, em seguida a execução do Hino Nacional Brasileiro se ouvia aquela explosão de fogos de artifício sandando a virgem de Aparecida.

O tempo passou, o mundo vem se transformando, secularizando, os costumes vão se perdendo, a fé vai se distanciando... O espetáculo que se vê em Cachoeira Alegre, não se vê, não se houve nos grandes centros o som dos fogos, o entusiasmo dos devotos a saudar a Mãe de Jesus dessa forma não se repete em outras cidades. Mantida a tradição, esse ano se ouviu ininterruptos 11 minutos de queima de fogos. É emocionante. Da janela da venda, à rua Mario Ribeiro, cronometrei esse tempo e emocionado espiava para os azuis do céu, tingidos com tons de cinza, produzidos pela fumaça dos fogos e fazia mais uma vez, a minha prece de agradecimento à Mãe Rainha e Padroeira do Brasil Nossa Senhora Aparecida.

Às 16:30 horas, uma grande concentração de veículos aguardava no Parque do Flamengo, aguardava a imagem de Nossa Senhora Aparecida que, em carro aberto, abriria a carreata. O cortejo percorreu as principais ruas de Cachoeira Alegre e retornou à Capelinha da Santa, onde todos rezaram o Terço Mariano e depois foi servido um delicioso lanche para todos.

Fernando M. Ribeiro