12 – DIA DOS NAMORADOS: CALA A BOCA E ME BEIJA
- Fernando Mauro Ribeiro
- 12 de jun. de 2023
- 2 min de leitura
Essa frase nada tem de romântica, mas muita gente já disse isso até mesmo cantando, já que faz parte de uma canção dos artistas que se dizem “sertanejos universitários”. Um tanto autoritário e até agressivo, o artista quer solucionar o impasse entre o casal com um “cala a boca e me beija”. Talvez seja, para muitos, a forma ideal para pôr fim a uma situação embaraçosa sem recorrer ao diálogo, ou quem sabe, pelo fato de um relacionamento que já vem sofrendo um desgaste, justamente por entender que um “cala a boca e me beija” é a solução para todos os questionamentos, os problemas que geram as crises entre o casal, quando na verdade o diálogo é o caminho.
Por que estou a falar de algo tão complexo como a relação a dois? Com que autoridade me lanço nesse oceano muitas vezes bravio, outras vezes de calmaria? Ah, sim, pelo simples fato de não deixar que passe despercebido o Dia dos Namorados. E quando se fala de namorados, se fala de beijos.
Sabe-se que beijar envolve 39 músculos e pode eliminar até 15 calorias por minuto. Além disso, terapeutas indicam-no como alternativa para depressão, por estimular a liberação de endorfina no cérebro e na corrente sanguínea, o que dá a sensação de bem-estar.
De tipos de beijo o mundo está cheio. Alguns, inclusive, que nem as mais exóticas brincadeiras de salada mista sonham em apresentar. Até o livro do Kama Sutra reconhece a importância do gesto para o prazer. Cientistas e médicos já criaram a Terapia do Beijo.
COMIGO É NA BASE DO BEIJO...
O beijo é uma questão de inquietude em nossa cultura. Passamos anos esperando pelo primeiro beijo, mas depois, só pensamos em beijar. Uns esperam ver um sapo mágico se tornar príncipe e ouvir no Happy End a famosa frase: “Pode beijar a noiva”. Outros já preferem o ritmo de Cláudia Leite e encarar a chamada ‘pegação’ ao som de “Beijar na boca”. Ivete Sangalo avisa: “Comigo é na base do beijo...”. Outros, quem sabe, um simples beijo na testa em sinal de carinho e proteção. Tem o romântico, molhado, sem graça, de esquimó, demorado, estalinho, intenso, morninho ou voraz.
A LÍNGUA É O DE MENOS. TODOS QUEREM É BEIJAR
A máxima “uma imagem vale mais que mil palavras” merece uma repaginada. Do famoso selinho da saudosa Hebe Camargo ao bíblico episódio de Judas, passando pelo beijo de final de novela e chegando até aos três beijinhos pra casar, é inegável que beijar é um ato antigo que pode assumir muitas interpretações e intenções.
Isso não é de agora. Dois mil e quinhentos anos antes de Cristo datam os primeiros registros do costume de beijar, que chega à atualidade ainda com mais evidência. Em matéria veicula aqui mesmo, nesse informativo propusemos a você uma inusitada viagem para mostrar que o beijo vale até mais do que mil viagens.
Fernando Mauro Ribeiro
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