12 - BOLSONARO SUSPEITO DE COMETER FRAUDE NO CARTÃO DE VACINA
- Fernando Mauro Ribeiro
- 12 de mai. de 2023
- 3 min de leitura
Maior crítico da vacinação contra a Covid-19, Bolsonaro ganhou mais um problema com a lei, desta vez por causa de investigação sobre falsificação de certificados de imunização. Segundo a Polícia Federal, o ex-presidente e a filha, menor de idade, tiveram os comprovantes fraudados para fingir que foram vacinados. Ação da Polícia, terminou com a prisão de seis pessoas, entre elas um assessor direto de Bolsonaro. O ex-presidente teve o celular apreendido e nega as acusações.
FALSO CARTÃO FOI EMITIDO SE BOLSONARO. EX-AJUDANTE FOI PRESO.
A P.F. expôs os detalhes de uma investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, agora também na mira por uma suposta fraude no seu cartão de vacinação para incluir dados de uma imunização contra a Covid-19 que não ocorreu. De acordo com a Polícia Federal o antigo mandatário tinha “plena ciência” do esquema que beneficiaria também familiares e assessores, como o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, preso pelos agentes.
ALÉM DO INQUÉRITO DAS MILÍCIAS, BOLSONARO É ALVO DE OUTROS PROCEDIMENTOS NO STF
O ex-presidente foi alvo de um mandado de busca e apreensão – ele relutou a fornecer a senha do celular – e os agentes também efetivaram seis prisões preventivas. Além do inquérito das milícias digitais, em que a operação foi decretada, Bolsonaro é alvo de outros procedimentos no STF. Um dos que mais preocupa a defesa do ex-presidente trata dos ataques golpistas de 8 de janeiro – na semana passada, ele disse que publicou por engano um vídeo com acusações sem provas ao Judiciário.
O “MITO” PODERÁ TORNAR-SE INELEGÍVEL
Na frente mais avançada, a Procuradoria-Geral Eleitoral já se manifestou a favor da inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos ao considerar que ele mobilizou a população contra as urnas eletrônicas e usou o Estado para benefício pessoal.
Há ainda as apurações a respeito das joias milionárias presenteadas pela Arábia Saudita; por estimular a população a não usar máscaras na pandemia e associar falsamente a vacinação ao desenvolvimento da Aids; por interferir na Polícia Federal e vazar um inquérito sigiloso da corporação sobre as urnas eletrônicas.
Os crimes apurados são inserção de dados falsos em sistema de informações, chamado peculato eletrônico, infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção de menores – um dos cartões em que a fraude é apurada é o da filha de 12 anos de Bolsonaro.
O esquema que pretendia incluir dados falsos nas carteiras de vacinação, foi abrangente: houve tentativas em Cabeceiras, no interior de Goiás, e em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Para a PF, o inquérito indica que Bolsonaro e Cid tinham “plena ciência” da inserção fraudulenta dos dados de vacinação. O relatório acrescenta que a inserção tinha o objetivo de gerar vantagem indevida para o ex-presidente. Os dados foram incluídos à véspera da viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos.
Os acessos ao Conect-SUS ocorreram a partir de redes do Palácio do Planalto – em outro caso, o acesso foi feito através do celular de Cid
MAURO CID SE PARECE COM PATRICK, PERSONAGEM DO ZORRA TOTAL
“Olha a faca”, bordão usado pelo Patrick chegou a ficar entre os assuntos mais comentados do Twitter: “Não me incomodo com isso, porque é uma semelhança física, não tem nada a ver com o personagem da história”, disse o ator Rodrigo Fagundes. A verdade é que o ex-presidente tinha um ajudante trapalhão e com muitas opiniões. Ele, - Mauro Cid – está envolvido no caso das joias da Arábia e causava ciumeira no Planalto.
EU SEI QUEM MATOU MARIELLE, DIZ MILITAR DA RESERVA A MAURO CID
Ailton Barros, ex-major do Exército que foi candidato pelo PL à Alerj em 2022 e, na campanha apresentava-se como o nº 1 de Bolsonaro, e que está preso, diz: “Eu sei quem matou Marielle”! O militar da reserva afirmou em mensagem de áudio enviada ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro que sabe quem mandou matar a vereadora Marielle Franco (PSOL – RJ), em 2018. A fala de Ailton Barros apareceu em conversa dos dois militares interceptada pela PF. No dia 30 de novembro de 2021, Ailton e Mauro Cid trocaram várias mensagens de áudio.
Ailton Barros comunicou a Mauro Cid que o ex-vereador do Rio, Marcelo Siciliano teria intermediado a inserção de dados falsos de vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde, em benefício de Gabriela Santiago Cid.
De acordo com a investigação, como contrapartida pelo sucesso da inserção dos dados falsos, Ailton Barros solicitou a Cid que intermediasse um encontro de Siciliano com o cônsul dos Estados Unidos no Brasil. O ex-vereador teria problemas com visto por ter sido citado no inquérito da morte de Marielle. “Que tá nessa história de bucha. Se não tivesse de bucha, meu irmão, eu não pediria por ele, tá de bucha. Eu sei dessa história da Marielle toda, irmão, sei quem mandou. Sei a p*** toda. Entendeu?”
Fonte: extra.globo.com
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