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11 - MORRE UM ÍCONE DO RÁDIO: O COMUNICADOR JÚLIO SOARES

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 11 de out. de 2021
  • 3 min de leitura

Faleceu na noite de domingo, (10 de outubro), em sua residência no bairro São Francisco, meu amigo, José Júlio Soares, 74 anos, um ícone do Rádio em toda a região. Era um amigo muito especial, o conheci logo que ele chegou a Muriaé, vindo de Manhumirim, sua terra natal, depois de trabalhar em diversas Rádios da região. O radialista assinou contrato com a Rádio Muriaé e revolucionou o rádio nessas bandas de cá. Já disse isso outras vezes, porque sou testemunha ocular do talento desse apresentador radiofônico, da empatia que o jovem rapaz tinha com os seus ouvintes e do frisson que despertou nas “meninas” da época. Mas, o amigo não demorou muito tempo para apresentar à sociedade, Preta, seu grande amor, a mulher com quem vivera até os seus últimos dias.

Quem não se lembra do jingle com que abria o seu programa diário na Rádio Muriaé? “Quando ele chega, todo mundo se agita. Quando ele canta, todo mundo canta com ele. Quando ele fala, todo mundo se liga nele! E todo mundo sabe quem é ele... e todo mundo sabe quem é ele... e o radialista interagia: “Sou eu! Júlio Soares! Estou chegando! E a voz possante e inconfundível do diretor Paulo Roberto Barros, anunciava: com vocês: Júlio Soares!

E não é que o cara com sua alegria fez uma legião de amigos, obteve para a emissora uma enorme audiência, tornou-se um líder da comunicação na região, com seu bom humor de rubro-negro, “zoava” a torcida arco-íris e entrava nas nossas casas e fazia uma festa no Rádio? Júlio era uma festa! Com grande prestígio, valendo-se de seu talento e com um rico vocabulário, apresentava artistas renomados no palco das Exposições Agropecuárias.

Conversávamos com frequência e tomávamos umas cervejas vez em quando. Sabia do meu gosto pela Música Popular Brasileira e quase sempre me brindava com uma canção de Milton Nascimento, seguida do seu fraterno abraço. Esteve algumas vezes, em visita a minha Cachoeira. Profissionalmente, fora a um Circo defendendo o seu cachê, para apresentar o Trio Parada Dura, no auge da carreira, quando ainda era formado por Creone, Barrerito e Mangabinha. Atendendo a um convite meu, fora também a um evento no Jupter Clube – um baile com o Conjunto APR SHOW, de Cataguases; estivera na casa de meus pais e tomamos uma gelada no balcão da venda.

Júlio Soares trabalho no Rádio na região, por cerca de 50 anos, se despedindo dos microfones em 20 de dezembro de 2017, quando estava na Rádio Catedral, onde fazia um programa de variedades, com muita informação, entusiasmo e a alegria de sempre. Pouco antes do amigo se despedir, eu estivera na emissora para divulgar a programação da Festa de São Sebastião em Cachoeira Alegre, quando me recebeu com a mesma simpatia e nos falamos ao final do programa.

Creio que ao adentrar os umbrais da mansão Celestial, encontrará lá, outros rubro-negros e, à porta, uma legião de fãs estará cantando: “Quando ele chega, todo mundo se agita. Quando ele canta, todo mundo canta com ele. Quando ele fala, todo mundo se liga nele! E todo mundo sabe quem é ele... e todo mundo sabe quem é ele... e o radialista interagia: “Sou eu! Júlio Soares! Estou chegando”!

Seu corpo foi sepultado no Cemitério Senhor do Bom Fim em Muriaé.

Fernando Mauro Ribeiro


 
 
 

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