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10 – A MEMÓRIA NÃO DEVE SER DILUÍDA NEM ESQUECIDA. A MEMÓRIA É FONTE DE PAZ E DE FUTURO.

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 10 de set. de 2021
  • 4 min de leitura

Atualizado: 18 de set. de 2021

O pensamento não é meu e sim do Papa Francisco. Porque concordo com ele, assim iniciei os registros de hoje. Saibam todos que acessaram as redes sociais à procura de notícias do portalnovotempo.com.br (esse é o site que hospeda esse informativo, e também os que utilizaram o WhatsApp e me procuraram no Facebook e Messenger perguntando pelo redator e o atraso das primeiras notícias que não haviam sido inseridas e, houve ainda quem perguntou se o jornal havia saído do ar, se seria extinto.

Pois bem: houve sim um atraso em relação às notícias, porém, ao acessares a página já encontrarás lá, o Editorial e outros artigos. Não te surpreenderás com notícias alvissareiras, uma vez, que o seu redator encontra-se no Rio de Janeiro, desde o final de agosto, portanto, um pouco ausente da “terrinha”, nossa querida Cachoeira. Saibam, no entanto, que esse escriba que vos escreve, estará de volta daqui a alguns dias, para dar sequência a esse trabalho.

Preocupa-me, no momento com essa ausência, alguns projetos em andamento, outros que precisam ser revisitados, outros ainda que necessitam serem retomados, até com uma certa urgência, como é o caso da restauração e adequação do (MAS) o Museu de Arte Sacra de Cachoeira. Adianto-lhes que houve duas reuniões para tratar desse assunto e, que tal iniciativa é para atender um pedido de nosso pároco, Pe. João Pedro, que confiou-me essa tarefa, embora não haja recursos financeiros para tocá-la, o que torna o desafio ainda maior.

Mas, acredito que Deus proverá. Afinal, sempre foi assim – sem verba – e muitas coisas foram feitas, muitos projetos saíram do papel, muitos sonhos foram realizados. A existência do próprio Museu, é uma prova inconteste do que ora digo e, quem conhece um pouquinho da história, sabe as dificuldades enfrentadas e concordará com esse meu parecer, mesmo porque, a verdade é como o sol, ela inunda nossas consciências. Formarei uma Comissão para viabilizar tudo isso, mas, desde já, dirijo-me a vós, todos, com um pedido: precisamos de todos, sem exceção, engenheiros, carpinteiros, pedreiros, gesseiros, eletricistas, jardineiros, costureiras, lavadeiras, faxineiras, pintores, decoradores...

Esse informativo que há 26 anos é a voz da Comunidade, conta com todos vocês, para reescrever mais um capítulo dessa linda história. É oportuno dizer que o Museu está desativado já há algum tempo, mais de uma década. Inaugurado em 1993, quando nosso pároco era Pe. Tiago Prins, o espaço recebeu mais de cinco mil visitas desde a sua abertura, até que caiu no esquecimento dos líderes da Paróquia, tornando impossível manter-se em atividade.

Filhos da terra, que, visitavam Cachoeira Alegre, centenas de pessoas da região que prestigiam nossos eventos culturais, paroquianos ou não, fiéis de outras Paróquias que vieram conhecer nossa Igreja-matriz que, chama a atenção por sua moderna arquitetura, autoridades eclesiásticas, políticos influentes e muitos outros, foram impedidos de visitar o local, tolhidos pela ineficácia de alguns de nossos gestores eclesiásticos.

Reabrir esse espaço, exibir seu rico acervo, contar nossa história através dos fatos e fotos, objetos históricos, peças sacras como sacrários, castiçais, imagens, cruzes, peças do vestuário como túnicas e outros acessórios, o antigo telefone instalado na Casa Paroquial nos anos sessenta, instrumentos da Banda de Música Santa Cecília, livros, documentos e uma série de outros objetos que contarão nossa história ao longo dos tempos, e torná-lo acessível a todos, é um desejo que me consome, porém, assusta-me o fato, de novamente, toda essa história ser relegada, esquecida, diluída por mentes insensatas, que não entendem, ou não querem entender o seu valor, que não valorizam a história de um povo.

Portanto, ainda que, com enorme receio de que essa história volte a se repetir; disse “sim”, ao Padre João, expus essa situação, lhe falei também de meus temores, pedi-lhe que se divulgue o andamento da obra tão logo a iniciemos, que desperte nas pessoas o amor que se deve ter para com sua terra, sua história, que nossas crianças sejam nutridas também com informações acerca de tudo isso, que nossos jovens sejam contagiados com o entusiasmo que é próprio da idade, mas com uma dose de responsabilidade, que nosso povo se encarregue de passar às novas gerações nossa história de lutas, conquistas e glórias; mas nada disso faria sentido se o espaço não for cuidado, preservado.

Para encerrar este artigo, recordo-me das palavras de Dom ... nosso saudoso Bispo Diocesano, quando o entrevistei no primeiro pavimento do Museu, depois que fizera uma visita guiada ao local: “Estou surpreso com o que vejo. Muito bonito esse cuidado que tiveram. É um projeto arrojado. Em toda a Diocese de Leopoldina não há um espaço assim. Isso é cultura, é história e, vocês devem se orgulhar disso”! Quem tem guardado os exemplares do Jornal Novo Tempo, pode ir lá conferir.

Acreditando que a partir de agora, escreveremos uma nova página dessa história, torcendo para que vivamos de fato um “Novo Tempo”, reitero aqui o meu desejo de que todos se envolvam nesse projeto, que deem sua contribuição; mesmo porque, “É fácil sentar-se e ver tudo evoluindo à sua volta. Mas, muito mais excitante, é estar envolvido nesse projeto”! E nesse contexto, peço encarecidamente que ajude-nos também na preservação dessa Casa de Cultura e Arte; o Museu de Arte Sacra.

Fernando Mauro Ribeiro




 
 
 

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