Fiquei estarrecido, diante das cenas de selvageria que vi, ontem, pela TV. Perplexidade total quando milhares de bolsonaristas radicais invadiram as sedes dos Três Poderes, deixando um rastro de destruição no Planalto, no STF e no Congresso. O Presidente Lula, que prometeu punir os terroristas, decretou intervenção no Distrito Federal. Após retomar o controle dos prédios, a polícia contabilizou a prisão de pelo menos 300golpistas.
Os jornais do país exibem manchetes das mais diversas condenando o ato, a mídia de modo geral repudia os ataques e a imprensa internacional também deu destaque dizendo inconcebível as atitudes antidemocráticas e criminosas. Particularmente, senti raiva e pena daqueles radicais que, com enorme fúria destruíam tudo o que viram pela frente. Não parecia gente, mas animais, diante de tanta irracionalidade.
E se vangloriando do que faziam, orgulhosos em suas manifestações que insistem em dizer que são democráticas. Nunca, em país nenhum vi pessoas praticarem atos desse tipo, dizendo que são democráticos, e que estão a serviço da democracia. Nunca entendi democracia dessa forma. Mas o sentimento de vergonha tomou conta de mim, de uma forma tão avassaladora, ao ver, brasileiros com a bandeira nacional às costas ou nas cinturas, com a faixa escrita ORDEM E PROGRESSO, praticando tamanha barbárie.
Para esses ‘infelizes’, que precisam responder pelos seus atos e que devem ser tratados como terroristas, a frase deveria ser trocada par: Desordem e Retrocesso; ou Bagunça e Estupidez. As redes sociais estão cheias de postagens desses covardes, orgulhosos da destruição que causaram; dizendo palavras de louvor ao ex-presidente, o capitão, o mito deles, que de certa forma é o mentor de tudo isso – em seu total despreparo para o cargo, não bastou matar tanto brasileiro por falta de vacina e zombar deles – que ao longo dos quatro anos de seu governo incitou a violência.
Mata-nos também, agora, de vergonha, foge para Orlando, nos EUA, com sua prole, e de lá deve novamente estar rindo do que protagonizaram seus fieis soldados, seu gado, e zombando de nós, brasileiros, aplaudindo o rastro de destruição perpetrado por ele e executado pelos seus súditos, doentes mentais. Haja clínica psiquiatra para tratar tantos perturbados mentais. Haja rivotril, diasepan ou outro medicamento para tratar essa gente.
As cenas nos mostram entre outras coisas, bolsonaristas arrancando um policial violentamente de seu cavalo e depois de derruba-lo, seguiram agredindo-o no chão. Mostram também o rastro de destruição deixado pelos terroristas que inclui patrimônios históricos do país, que dificilmente poderão ser recuperados. O prédio principal do STF foi totalmente vandalizado; o Salão Nobre do local ficou totalmente destruído, e o mesmo aconteceu no chamado Hal dos Bustos, como mostrou uma emissora de televisão. A sala da primeira dama, Janja, não escapou do ataque: “destruíram tudo”, disse o Ministro Paulo Pimenta. Segundo o ministro, foi o lugar mais destruído.
VERGONHOSO ATAQUE À DEMOCRACIA
Algumas das cenas não deixaram dúvidas da dimensão simbólica e concreta no assalto à República no episódio de ontem em Brasília. No Palácio do Planalto foram roubadas armas do Gabinete de Segurança Institucional e destruída com seis cortes de faca provavelmente, uma tela histórica de Di Cavalcanti.
No STF, as poltronas dos ministros e o brasão da República foram destruídos. No Congresso danificaram os salões onde são feitas as leis. No centro da praça dos Três Poderes, um terrorista bolsonarista, empunhava como um troféu para centenas de comparsas um exemplar da Constituição de 1988 subtraído de dentro do Supremo.
Segundo o presidente Lula, a intervenção federal é necessária porque policiais militares que respondem ao governador do Distrito Federal, Ibanês Rocha, foram lenientes para conter os terroristas. Eles devem ser autuados por crime contra o estado democrático, que preveem punição de prisão de 4 a 12 anos.
Quem é indiciado por esse crime fica detido e só poderá ser liberado após audiência de custódia. “O objetivo dessa intervenção federal é por termo a um grave comprometimento da ordem pública no Estado, no Distrito Federal, marcado por atos de violência e invasão a prédios públicos”, disse o decreto lido pelo presidente.
Os jornais, a mídia trazem um farto material sobre o episódio. O prejuízo para a União – lembrar que somos nós quem devemos arcar com tamanho prejuízo - os fatos repercutirão por muito tempo.
A selvageria entrará para a história, como o Dia da Vergonha Nacional, protagonizados por esses vermes bolsonaristas. Essas são minhas impressões, meu relato. Me detenho por aqui, pois o registro dá uma dimensão da covardia desses terroristas e cora-me de vergonha, ter que escrever sobre algo tão deprimente.
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