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09 – SANTA PAULINA: A PRIMEIRA SANTA DO BRASIL

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 9 de jul.
  • 4 min de leitura

No dia 9 de julho, fazemos memória da primeira santa do Brasil. A terra dela é Tirolo, região hoje italiana, mas pertencente ao Império Austro-húngaro naquele tempo. Nasceu em Vigolo Vattaro, em Trento, em 16 de dezembro de 1865. Seu nome de batismo era Amábile Visintainer. Devido à dificuldade econômica que sua família atravessava, seus pais decidiram vir para o Brasil em busca de dias melhores.

    Desembarcaram no porto de Itajaí – SC, em 1875, indo até Brusque. Lá receberam lotes que deveriam desmatar, limpar e plantar para sobreviver. Foi um tempo de muita labuta. As famílias, que em sua maioria eram provenientes de aldeias próximas à cidade de Trento, acharam por bem dar o nome de Nova Trento ao lugar.

    A família Visintainer se estabeleceu na localidade de Vígolo. A pequena Amábile completava seus dez anos e vivia num ambiente impregnado de profunda religiosidade. Os colonos cultivavam a oração diária do terço e fizeram questão de erguer uma capela dedicada a São Jorge.

       

A VOCAÇÃO RELIGIOSA

   No coração de Amábile amadureceu um forte desejo de doação. No dia 12 de julho de 1890, junto com a amiga Virgínia, acolheu uma doente, em estado terminal, num pequeno casebre perto da capela. A partir daí, o chamado de Deus foi se tornando cada vez mais claro e decisivo.

    As duas jovens deixaram a casa paterna, passaram a morar em companhia da cancerosa e de outros necessitados. Teve, assim início o grupo chamado de Irmãzinhas da Imaculada Conceição. Outras jovens se uniram a elas, formando uma comunidade que recebeu a aprovação do bispo em 1895. A expansão foi rápida e surgiram muitas vocações. Sendo Amábile a madre superiora da nova congregação, recebeu o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus.


NUNCA, JAMAIS DESANIMEIS, EMBORA VENHAM VENTOS CONTRÁRIOS

    A Congregação de Madre Paulina difundiu-se por Santa Catarina e São Paulo. Os padres jesuítas convidaram as irmãs a darem assistência a crianças órfãs, filhas de ex-escravos na periferia da cidade de São Paulo. Essa obra foi entregue às irmãs, em julho de 1903 e exigiu muita dedicação. Por causa de intrigas, Madre Paulina teve que deixar a direção da obra e da congregação.

     Permaneceu assim, por 11 anos, na Santa Casa de Bragança Paulista – SP, dedicando-se ao serviço dos humildes. Em 1919, foi solicitada a retornar à capital onde assistia as irmãs doentes e fazia as tarefas domésticas.

    Depois, com diabetes teve que enfrentar o sofrimento da enfermidade. Passos por esta provação demonstrando muita paciência e faleceu aos 9 de julho de 1942, com 77 anos. Suas últimas palavras, foram: “Seja feita a vontade de Deus”!

    Foi beatificada pelo Papa João Paulo II em 1971, em Florianópolis – SC, e canonizada por ele, em Roma, em 2002. Tive o privilégio de estar presente às duas marcantes celebrações. Posso afirmar que Madre Paulina viveu uma vida de doação a Deus e ao próximo: seguiu ela, um verdadeiro caminho de luz.

Frei Diogo Luiz Fuitem (autor do livro Madre Paulina – Caminho de Luz)

   

SANTA PAULINA

   Santa Paulina é exemplo de confiança destemida. Somos chamados para anunciar o Reino de Jesus transmitindo seu amor em meio aos desafios da vida. Com a intercessão de Santa Paulina, celebremos o acreditar de Deus em nós.

   Lembro-me da festa que os católicos fizeram aqui no Brasil, quando se sua canonização em 2002, em Roma. A irmãzinha, hoje, ocupa os altares de tantos oratórios e Igrejas em nosso país.

   Nessa quarta-feira, 09-07-2025, padre Egberto celebrou como de costume, a santa missa na Capela do Colégio Santa Marcelina, às seis horas da manhã e fez menção à Santa Paulina. A Antífona da Entrada, diz: “O caminho dos justos é como luz esplêndida que surge e cresce do amanhecer até o pleno dia”.


A CORÁGEM E A FÉ DE SANTA PAULINA

    Santa Paulina, diante dos desafios, desilusões e infortúnios da vida, se consolava em sua fé em Deus, repetindo para si mesma e ensinando para todos que não podemos desanimar. Ela dizia: “Nunca, jamais desanimeis, embora venham ventos contrários”! Se lembrarmos dessa verdade, conseguiremos passar “pelos vales escuros da vida” com mais segurança e certeza de que Deus não se descuida de nós, em nenhum instante.

   Para responder ao chamado de Deus e assumir a responsabilidade de anunciar seu Reino, se faz necessário ter confiança. Jesus chama, envia seus discípulos e orienta que a missão é cheia de desafios. No entanto, mostra que vale a pena segui-lo e anuncia-lo, pois tudo que for anunciado e recebido será evangelização, e o que não for recebido será bênção para quem anuncia.

    Portanto, se enfrentarmos a missão com a coragem e fé da Irmã e Santa Paulina, certamente, cumpriremos bem o chamado que o Redentor nos faz e colaboraremos para que o Reino de Jesus aconteça.

   Dai-nos, Pai, um coração aberto e acolhedor dos mais pobres que nós e dos que estão sofrendo, a exemplo de Santa Paulina, a santa da caridade, nós vos suplicamos!

Fernando Mauro Ribeiro

 
 
 

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