Comemora-se no dia 05 de agosto, o Dia Nacional da Saúde. Há quem diga que não temos nada do que se comemorar. Sei não! Particularmente, acho que temos sim. Veja, por exemplo que já temos a vacina que nos protege do vírus, que ameniza nosso sofrimento em casa de contágio do Covid-19. Que o SUS, nosso Sistema Único de Saúde, vem desempenhando com eficiência seu papel, no processo de imunização. Se há atrasos na aplicação das vacinas, é porque há atrasos na sua distribuição pelo Ministério da Saúde, mas a eficácia do órgão no processo de imunização é altamente positiva. Então, eu diria que é bom que tenhamos um olhar mais benevolente para com esse assunto. No mínimo, que olhemos por vários ângulos, para não se cometer injustiças.
Que “em alguns países a vacinação já se deslanchou e que aqui, no Brasil, estamos ainda arrastando, é um fato, é uma verdade inquestionável”, dizia um infectologista, um dia desses, em uma entrevista. Basta ver o atraso, o descaso do governo, que retardou, e muito, a chegada da vacina e consequentemente, o início da imunização. Basta ver a porcentagem do número de vacinados em nosso país, para se chegar a essa conclusão, concluiu ele.
Outro fato indiscutível também, é que a Luta contra a Pandemia está se prolongando muito, quando já somamos 18 meses, que há um número ainda muito reduzido de imunizados no país, que a chegada de novas variantes como o Delta-vírus já provocou a morte de 16% dos casos somente no estado do Rio de Janeiro, eu lia, ontem, num jornal carioca. Essa cepa, ao espalhar-se, fará novamente muitas vítimas, fazendo crescer ainda mais o número de óbitos, porque como se sabe a mutação é mais transmissível.
Quando a vacina alcançar um número maior de imunizados, a tendência é cair o número de internações, desafogando o sistema de saúde e consequentemente o número de óbitos. Nisso, todos haverão de concordar. Sabemos também que a AstraZeneca tem um índice de 93,6% contra óbitos. Veja matéria sobre esse tema, nessa edição. Da mesma forma, não é hora de relaxar com os protocolos da saúde recomendados pela OMS, visto que a variante Delta já vem traçando um quadro de mortes. Veja matéria seguinte:
Fernando Mauro Ribeiro
VARIANTE DELTA CAUSA QUATRO MORTES NO RIO
A Secretaria estadual de Saúde (SES) confirmou, no fim de julho, as quatro primeiras mortes causadas pela variante Delta do coronavírus no Rio. Três vítimas, segundo a pasta, moravam na Baixada Fluminense e a cidade da quarta, ainda estava sob investigação. A cepa, identificada pela primeira vez, na Índia, já tem transmissão comunitária em território fluminense e está presente em 16% das amostras de vírus analisadas no estado.
O primeiro óbito em decorrência da Delta, em 04 de julho, foi de uma mulher de 73 anos de idade, moradora de São João de Meriti. No dia seguinte, morreu um homem de 50 anos, de Duque de Caxias. Outra moradora de 43 anos, de São João de Meriti, morreu no dia 10. A quarta vítima, cuja cidade de moradia ainda não foi determinada, foi um homem de 53 anos.
Segundo o governo do estado, o programa de vigilância genômica da Covid-19, analisou 380 amostras na última rodada. Os dados mostraram que 78% dos casos avaliados eram da variante P.1 (Gama), identificada inicialmente, em Manaus e dominante no Brasil, e 16% da B1.617.2 (Delta). Desta forma é possível afirmar que foi identificada, circulação da variante Delta no Rio de Janeiro. Contudo, a cepa P.1 continua a ser a mais frequente, informou a secretaria, em nota.
Antes, a prefeitura de Duque de Caxias já havia confirmado a morte de um morador de 50 anos e o paciente apresentava comorbidades. Com sintomas da Covid-19, ele deu entrada na UPA Beira-Mar, em 26 de junho, para o primeiro atendimento. Dois dias depois foi transferido para a UTI do Hospital municipal Moacyr do Carmo, onde morreu uma semana após a internação.
FEBRE, TOSSE E FALTA DE AR
O paciente apresentou febre, tosse e falta de ar. A tomografia apontou que ele estava com 50% dos pulmões comprometidos por causa da doença. Segundo a prefeitura, a informação de que o homem havia contraído a variante Delta foi feita pela Secretaria Estadual de Saúde, “que monitora os resultados dos exames realizados em todo o estado”.
MUTAÇÃO É MAIS TRANSMISSÍVEL
O CIEVS, informou que faz ao todo, o monitoramento de seis casos da nova cepa em Duque de Caxias. Nenhum dos monitorados tem histórico de viagem para o exterior, o que confirma a transmissão comunitária da variante Delta. Quatro deles, não tinham ainda tomado a vacina contra a Covid-19.
Na última segunda feira, a SES confirmou 83 casos da variante Delta no Rio, sendo 23 na capital. O estado é o que tem o maior número de infecções por essa cepa no país. A Delta é considerada variante de preocupação” pela Organização Mundial de Saúde (OMS) devido ao seu alto poder de contaminação. Segundo especialistas, a cepa é 70% mais transmissível que o coronavírus original que causou o início da pandemia. Ainda, não se sabe, no entanto, se ela é mais letal.
Justamente por causa de a cepa ter maior capacidade de transmissão, especialistas de saúde alertam que a Delta exige um reforço das medidas de prevenção adotadas desde o início da pandemia: utilizar máscara, evitar aglomeração e lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool 70.
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