Começa a tomar forma o sonho de se construir na Pedreira, à rua Padre Messias Passos, uma Capela que será consagrada à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. É fruto de um desejo de Dona Zuleica Rogel Ribeiro. A princípio, pensava-se numa gruta, para acolher a belíssima imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Ela partilhou com o filho, Fernando, desse seu desejo e pediu que a ajudasse nessa empreitada.
Não se havia definido ainda um local, até que o filho sugeriu: “Vamos fazer uma Capela, pequena que seja, mas uma capela que pudesse abrigar pelo menos seis pessoas e o local por ele apontado foi a Pedreira. Aqui, ela estará em destaque, já que será erguida no cume dessa pedra, estaremos utilizando uma área inabitada, local quase que inóspito, onde se deposita lixo, (cacos de vidro, arames farpados) e sem vegetação. Uma vez revitalizado, dotado de uma boa infraestrutura, pode tornar-se um belo cenário”.
“A ideia é muito boa. Mas de que forma construiremos, se não disponho dos recursos necessários para isso”? Dissera Dona Zuleica, em tom preocupado, e logo depois acrescentou: tiro um pouco do que recebo de minha aposentadoria, faço toalhas e outras peças de crochê para vender, faremos rifas e com a ajuda de todos, pode dar certo”.
A iniciativa de se construir ali uma capela foi levada até ao nosso pároco na época, Padre Elmiro Tadeu Muller, que aprovou a ideia e autorizou a construção. O projeto foi apresentado ao Mario Lúcio Ribeiro, que abraçou a causa e muito se empenhou para torna-lo realidade. Fomos ao local avaliar a área em questão, a dimensão da obra e a possibilidade de uma rampa de acesso até ao local.
No final da década de 90 lia-se na Edição de Número 36, do ano V, em outubro de 1999, em primeira página do Jornal Novo Tempo, a seguinte matéria:
Como o Novo Tempo noticiou na última edição, está sendo construída na Pedreira, à rua Padre Messias Passos, uma Capela que será consagrada à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Uma grande obra para uma capela pequenina, mas de grande significado, pois a Ermida será uma opção para aquelas pessoas que devido a idade avançada e com dificuldade de locomoção, encontram dificuldades para se dirigirem com maior frequência à Igreja-matriz, para a reza do Terço.
O local, parece inadequado, à princípio, mas depois de construída a rampa de acesso e outros benefícios, a obra vai conferir aos moradores e visitantes um espaço bastante interessante, se traduzindo num local aprazível e privilegiado, estejam certos disso.
Depois de perfurarem a enorme pedra, de colocarem os pinos e fixar a base de sustentação, as paredes foram levantadas e nos últimos dias, pedreiros estão trabalhando no local. A laje e a pequenina torre, já foram concluídas. O próximo passo é o revestimento das paredes externas. Visite o local e comprove”!
(matéria publica no Jornal Novo Tempo – outubro de 1999)
A Inauguração da capela se deu em 12 de maio de 2001. Assim dizia o Novo Tempo, sobre o evento: “Às 17:30 horas do dia 12 de maio, era grande o número de paroquianos concentrados no Parque de Exposições, de onde saíram em procissão até a pedreira, onde fora erguida a Capela.
As crianças vestidas de anjos e os três pastorinhos se acercaram da imagem de Nossa Senhora de Fátima, que conduzidas por centenas de fiéis, se fizeram representar com as bandeiras das várias associações religiosas, recitando o Terço e entoando cânticos de louvor à Virgem Maria.
Às 18:00 horas, depois da execução do Hino Nacional Brasileiro, o seminarista Antônio Davi Martins, desatou o laço da fita verde e amarela, permitindo que o povo percorresse a rampa de acesso à Ermida e se espalhasse pelo pátio da Pedreira, onde teve sequência as solenidades.
Encerrando as festividades houve coroação, queima de fogos e leilão, onde a Comunidade se divertiu e deu sua contribuição arrematando as prendas, num clima de muita confraternização.
(Jornal Novo Tempo – maio de 2001)
A Capela foi restaurada nos últimos dias, inicio desse mês de agosto e tem sido alvo de comentários elogiosos de diversas pessoas que ao passarem pelo local, observam as mudanças. A Capela é um patrimônio do povo, foi erguida para acolher o caminhante nas suas horas de prece e vem cumprindo com o seu objetivo desde a sua inauguração. Sua manutenção sempre foi feita pela família de Dona Zuleica, da mesma forma que agora quando da conclusão das obras.
Há uma colaboradora que faz a limpeza da Capela, troca as toalhas e as flores dos altares, lava o piso cuido de seu entorno, varrendo o pátio, a rampa e também a pedreira, como pude ver na última sexta-feira (08-08-2022). É um trabalho voluntário realizado pela ILDINHA, a quem agradecemos pela dedicação.
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