09 - A MORTE SEMPRE NOS FAZ PENSAR NA VIDA, NO SEU PROPÓSITO
Fernando Mauro Ribeiro
9 de nov. de 2021
2 min de leitura
Caminhamos para o final do ano! É provável que nunca tenhamos desejado tanto que um ano terminasse como este ano 2020. “Um ano para entrar para a história”, afirma a maioria. Isso eu disse no ano passado. Será que posso utilizar as mesmas palavras em relação a esse ano de 2021?
Entre outras coisas esses dois anos, 2020-2021 respectivamente, deixa-nos uma triste marca: famílias inteiras foram afetadas pela perda de um ou mais entes queridos.
Morte é um assunto que pouco de nós nos atrevemos a falar; evitamos, mas ela, pelo nosso pecado, faz parte da vida; temos que passar por ela para entrarmos na vida eterna. Por nossos queridos que se foram, ofereçamos as nossas orações.
Ensina-nos a nossa santa fé católica que é um “pensamento santo e salutar rezar pelos mortos para que sejam livres de seus pecados”. (2Mac 12 – 46). Tenhamos fé e jamais nos esqueçamos que “aos que morrem piedosamente está reservada uma bela recompensa”.
Por eles, oferecemos também sufrágios, “pois os mais insignificantes de nossos atos, realizado na caridade, reverte em proveito de todos, numa solidariedade com todos os homens, vivos ou mortos, que se mundana comunhão dos santos” (SIC 961). Eis o que podemos fazer de melhor para aqueles a quem amamos! E a Igreja dedica este mês à oração pelos falecidos!
A morte sempre nos faz pensar na vida, no seu propósito. Nascemos não para outro objetivo senão amar a Deus. Devemos amá-lo em primeiro lugar, sobre todas as coisas; este é o primeiro mandamento, que traduz em amá-Lo em tudo o que Ele nos concede: família, amigos, desconhecidos, nas nossas ações diárias, desde o início do dia, até o fim dele; nas alegrias e tristezas.
Não nos faltam oportunidade de amar a Deus e nos relacionarmos com Ele. São essa relação e intimidade, afinal, que farão com que a nossa vida tenha real sentido e valor. Amando a Deus é que descobrimos que “nenhum de nós vive para si mesmo, e nenhum de nós morre para si mesmo” (Romanos 14-7).
Na união e na conformidade com Deus, não tememos nem a vida e nem a morte! É na perfeita amizade com Ele que está a fonte da nossa santidade, que deve ser vivida já aqui na terra (essa é a vocação de todo cristão pelo batismo). É a união com Deus, pelo Espírito, que nos permite viver a vida nova em Cristo.
Quando mais unidos a Ele, mais renunciamos a nós próprios e, portanto, mais configurados à sua vontade estaremos. Assim, a vida e a morte têm um novo sentido. Pensemos. Talvez 2020-2021 sejas os anos mais “apelativos” à nossa salvação! Deus nos chama. Temos vivido separados d’Ele. É hora de respondermos.
Que o nosso “sim” seja “sim”, pela graça do Espírito Santo que nos une a Ele. Vivamos com Cristo, por Cristo e em Cristo. Ele quer “completar em nós, a nossa santificação, a santificação dos que por Ele foram salvos”.
E a morte? Esta não tem a palavra final; Cristo a venceu: “Ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina, o próprio Senhor descerá do Céu e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”. (1 TS 4,16).
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