Se não me engano, é a sexta ou sétima vez que subo ao Morro do Pão de Açúcar. Sempre que visito o local, é para levar alguém, um amigo, sobrinho ou sobrinha que deseja como todo turista, conhecer esse monumento. Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca é um complexo de morros localizado no bairro da Urca, no Rio de Janeiro.
É, junto ao Morro do Corcovado – o Cristo Redentor – e a Praia de Copacabana, o local mais procurado pelos turistas do mundo inteiro. E é de fato, um cartão postal do Rio. Um local encantador que permite experiências de tirar o fôlego. A vista panorâmica do Morro da Urca é incrível, mas do alto do Pão de Açúcar é sensacional
Na verdade, o Pão de Açúcar dispensa maiores apresentações, mesmo porque, descrevê-lo é quase que impossível, só mesmo fazendo uma visita para comprovar o que porventura digo, e experimentar, você mesmo as belezas desse lugar. Daqui se tem uma vista belíssima da cidade maravilhosa. É, como eu disse, inenarrável, mas você vê a Enseada de Botafogo, o aeroporto Santos Dumont e ao fundo a Ponte Rio-Niterói.
O primeiro morro também é Açúcar que é acessível por um teleférico que começou a operar em 1930. Além das belezas naturais o Parque Bondinho Pão de Açúcar inclui um anfiteatro que inclui shows e eventos. Há a Praça dos Bondes com um mirante para o Morro da Babilônia e Praia Vermelha.
O ingresso custa R$185,80 a inteira, a capacidade atual é de 65 passageiros por viagem. Como o trajeto de cada linha é realizado em aproximadamente 3 minutos, a capacidade do teleférico é de mil e duzentas passageiros por hora. Funciona todos os dias, das 08:30 às 20:00 horas. O último bondinho para subida de visitantes é às 18:30 horas.
Inaugurado o seu primeiro trecho entre a Praia Vermelha e o Morro da Urca, em 27 de outubro de 1912 e, desde então já transportou mais de 40 milhões de passageiros, mantendo uma média atual de dois mil e quinhentos visitantes.
Se me perguntares o que fazer no cume daquele morro, eu lhes diria que houve uma vez, - creio que na segunda visita – que eu levei seis horar circulando, contemplando, admirando. Mas cada um tem um olhar e disposição diferentes. Daí se pode ficar um dia inteiro ou fazer um breve regresso. Acho a segunda alternativa pouco confiável. É muito difícil que o visitante não usufrua de tudo o que oferece esse passeio.
Em seu cume, situam-se duas estações que atendem ao Bondinho do Pão de Açúcar: O Cocuruto, um espaço cultural, gerido pela Cia. Caminho Aéreo Pão de Açúcar e o Espaço Baia de Guanabara (EBG) uma área gastronômica e de lazer que conta com restaurantes, lojas e quiosques, um anfiteatro que conta com arquibancadas...
Algumas dessas informações, obtive nessa última visita, como por exemplo: Quem foi o fundador do Bondinho? Há uma estátua de bronze onde fiz uma foto ao lado do fundador, o engenheiro Augusto Ferreira Ramos, da cidade de Santo Antônio de Pádua – RJ. Ele teve a ideia de construir um “caminho aéreo” entre os morros da Baia de Guanabara para alavancar o turismo no Rio de Janeiro. Ao conseguir capital e apoio do governo, ele fundou a Cia Aéreo Pão de Açúcar, a mesma que administra o Bondinho até hoje.
Tudo começou em 1908, na festa de comemoração dos 100 anos da abertura dos portos cariocas por Dom João VI. Quando o engenheiro teve a ideia de construir um “caminho aéreo” entre os morros da Baia de Guanabara. Na época, o projeto era bastante ousado, só existiam dois teleféricos no mundo: o do Monte Ulia na Espanha, com extensão de 280 metros e o de Wetterhorn, na Suíça, com 560 metros. Ambos ficariam no chinelo diante do Pão de Açúcar, cujas duas linhas somam 1.325 metros.
As obras começaram em 1910 e o empreendimento consumiu mais de dois anos, centenas de operários e dois milhões de contos de réis – uma fortuna. O primeiro trecho, ligando a Praia Vermelha ao Morro da Urca em 1912, o segundo, até ao Pão de Açúcar, no ano seguinte. “Como não havia helicópteros, a construção utilizou equipes de alpinistas especialmente treinados, que levaram as peças nas costas, em escaladas perigosas”, n
Tráfego turístico. Por isso foi construída uma nova linha mais segura, com novos cabos, estações e carros, multiplicando por dez a capacidade de transporte. Dessa vez, o antigo bondinho deu uma ajuda considerável como elevador de carga, dispensando o perigoso e extenuante trabalho dos pioneiros alquimistas. A nova linha foi inaugurada em 1972 e, com algumas reformas continua operando até hoje.
Assisti também, lá no alto, a um vídeo muito interessante, que relata com riqueza de detalhes e belas imagens um pouco dessa história e, dentre tantas outras coisas, chamou-me a atenção a manchete de um jornal da época, que não acreditada no projeto que ligaria os dois pontos: Praia Vermelha ao cume de um Morro com uma medida de 1.325 metros. “É melhor que eles façam um caminho para o hospício”!
Não sei se será essa, a última vez que subirei ao Morro do Pão de Açúcar. Talvez eu volte para trazer o Davi – meu neto – pois, gostaria de proporcionar a ele, um passeio desse assim. Aos 67 anos, ainda com vigor, caminhei com Júlia, todas as trilhas, - descendo, morro abaixo – segurando em cabos de aço para atingir as subidas mais íngremes, apreciando a vegetação, a flora e a fauna, fotografando flores e os muitos macaquinhos que saltavam diante de nós, fazendo suas peripécias de um a outro galho, ora pulando no meio da gente e, descaradamente, tentavam roubar o nosso lanche. Por pouco não tomavam do meu mate e provavam do meu empadão de camarão.
Eles são muitos e se sentem muito à vontade. Dá vontade de interagir, mas não podemos alimentá-los e há também o risco de adquirir alguma doença caso eles nos mordam. Devemos olhar e fotografar, não os importunar. Aliás, lá é o seu habitat natural, nós é que estamos invadindo a sua casa.
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