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07 – QUARTA FEIRA DE CINZAS, QUARESMA E PRIMEIRA SEXTA-FEIRA

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 7 de mar.
  • 4 min de leitura

Iniciamos no dia (5) a Quaresma com a Quarta-feira de Cinzas. Ainda no Rio de Janeiro, antes de me dirigir ao Porto Mauá e embarcar no navio Costa Favolosa, participei da Santa Missa na Matriz São Marcelino.

A quaresma é um tempo riquíssimo para nossa vida de fé e experiência com Deus, que Ele mesmo em sua Palavra, nos convida a realizar. Tempo sim, em que mais fortemente apalpamos nossa triste condição de pecadores, mas dentro da infinitamente maior misericórdia Dele, “nosso Deus”.

        Mas a conversão a Ele tem que ser sincera, partir de nossa mais íntima realidade que é o coração. A oração, o jejum, as esmolas têm que ser vividos diante Dele e por causa Dele. E Ele, que além de nós mesmos, é o único que vê nossa intimidade, nos atenderá. Nascer no coração, diante Dele, e também sim manifestar-se em obras de amor aos irmãos.

        Precisamos nos comprometer a aproveitar esse tempo, e dele sairmos renovados. Adquirirmos um coração no mínimo, menos de pedra e mais de carne. Permitirmos que Ele haja em nós: “Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido... não me afasteis de vossa face e nem retireis de mim o vosso Santo Espírito”. (Salmo 50).

        Se voltarmos para Ele nos mostrará o quanto espera de nós, o quanto nos avalia importantes pare si e o seu Reino. “Somos embaixadores de Cristo e é Deus mesmo que exorta através de nós. Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus”. (2Cor 5,50).

 

PRIMEIRA SEXTA FEIRA – SAGRADO CORAÇÃO   

Já em alto mar, a caminho de Montevidéu, (Uruguai) depois de ter rezado o Santo Terço na Capela do Navio, me recolho em minha cabine para uma reflexão. Estando na proa, experimentei um vento forte soprar e agitar os cabelos daqueles que os tem, deixando em desalinho. Olhei ao longe e percebi que uma chuva estaria bem próxima. Mais que uma chuva. Uma tempestade em alto mar, que faz a embarcação sacudir de um para o outro lado, causando enjoo em alguns que, se seguram pelas paredes para se dirigirem às suas cabines.

O nome que se dá a esse tipo de incômodo, costumam dizer: o passageiro está “marinado”, ou seja, enjoado com o balanço e com as condições adversas. Principalmente para quem sofre de labirintite os percalços são maiores. Marinados, talvez, em razão da situação advinda do mar. Antes, me faço algumas perguntas: Medo? E logo me respondo: Não! Uma apreensão que penso ser natural, diante do desconhecido, que gera uma expectativa diante do que estar por vir.

A navegação é nos últimos tempos, muito segura. Isso não quer dizer que nada pode nos ameaçar em alto mar. Mas o comandante tem o comando da embarcação. E melhor de tudo: temos um Comandante-mór, Jesus, o Filho de Deus que navega conosco e, que é o Capitão do navio e do barco de nossa vida, dos quais tem total domínio.

O alto-falantes – sistema de som, interno -  silenciaram por algum momento e assim se mantêm, aguardando talvez, que a tormenta passe, para voltar a anunciar as atrações da noite. Vamos, pois, à reflexão:

 

DEUS NÃO É UM DEUS DA SOLIDÃO

Deus, em seu amor, sempre deseja comunicação, relação. Ele não é um Deus da solidão. Quando envia seu Filho Jesus, para a nossa salvação, Ele, o Pai eterno, se faz próximo e é pura compaixão. O Apostolado da Oração, a Rede Mundial de Oração do Papa, é convidada todos os dias a oferecer a própria vida, a fim de que nunca falte o amor, a misericórdia e a compaixão no mundo.

Dessa forma, a nossa oração e oferta da própria vida, fazem da da Igreja esta comunidade eclesial aconchegante, testemunhando que necessitamos sempre de pessoas para o serviço do amor, e ao amor.

Cada jovem deve encontrar em sua comunidade a oportunidade de conhecer seus dons e, ao mesmo tempo, de devolvê-los: “tomai Senhor e recebei [...] tudo o que tenho e possuo, vós me destes com amor [...] com gratidão vos devolvo [...]” (Santo Inácio de Loyola). Sendo assim, a Igreja precisa ser o lugar que acolhe, forma, ora e envia os jovens ao sacerdócio e à vida religiosa.

Cada jovem deve sentir o chamado à missão que é de Cristo, ofertando sua vida, tomando sua cruz no dia a dia, não tendo outro interesse senão de “em tudo amar e servir”. Não há vocação sem uma resposta: O que Deus quer de mim? Eis-me aqui, Senhor. Envia-me!

A vida feliz na vocação, passa pela lucidez de saber que ninguém nasceu ´para servir a si próprio. A felicidade pede de nós, generosidade e que sejamos capazes de nos alegrar em gastar a vida por amor. Isso é vocação.

Na vida religiosa, cada jovem devolve a Cristo alegre e gratuitamente a própria vida, querendo e desejando ser Cristo no mundo, e não podem esquecer que foram gerados e pelo Coração de Jesus por primeiro. Por isso, devem ser sinais de generosidade e vida plena, não há espaço para mesquinhez, nesse modelo de vida. Que o Coração de Jesus transforme o nosso medo de proceder e que mais jovens generosos e apaixonados sigam Jesus!

Pe. Laércio SJ

 
 
 

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