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07 – DIA DO JORNALISTA, A PROFISSÃO, A ABI E O JORNALISMO NO BRASIL

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 7 de abr. de 2022
  • 5 min de leitura

O Dia do jornalista, comemorado em 07 de abril, foi instituído em 1931, por decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), como homenagem ao médico e jornalista Giovanni Batista Líbero Badaró, morto por por inimigos políticos em 1830. Esse nome me é familiar desde 1985, quando fui para São Paulo, lá permanecendo até 1987. Foram dois anos, passando pela Estação da Luz, caminhando pela Rua Cásper Líbero, Pátio do Colégio em direção ao Viaduto Santa Efigênia, chegando à Praça da Sé. A Líbero Badaró é uma importante via localizada no centro, que eu classificaria como o coração da cidade, que tem início no Largo de São Francisco e termina no Largo São Bento, onde situa o Mosteiro São Bento que, tive a satisfação de visitar por duas vezes. Ela faz esquina com a rua José Bonifácio, com a Praça do Patriarca, Dr. Falcão Filho, com o Viaduto do Chá, com a Rua Dr. Miguel Couto e a Avenida São João. Nem sei porque me estender tanto na geografia dessa metrópole que aprendi a amar. Talvez porque a última vez em que passei por esses locais, estava tudo ainda mais confuso – para não dizer bagunçado – como eu não gostaria de escrever isso. Mas, na ocasião, 1985, pesquisei sobre a vida de Líbero Badaró,como era mais conhecido.

Era um oposicionista ao Imperador Dom Pedro I e foi o criador do Observatório Constitucional, jornal independente que tocava em temas políticos até então censurados ou encobertos pelo monarca. Badaró era defensor da liberdade de imprensa – mais um motivo para admirá-lo, mesmo não atuando no meio – e morreu em virtude de suas denúncias e de sua ideologia que contrariava os homens do poder. A morte de Badaró alimentou ainda mais a crise que começava a se instaurar no Império de Dom Pedro I. A revolta de populares e políticos que eram contra a repressão do monarca tornaram sua permanência no poder cada vez mais perigosa, uma vez que atos violentos estavam acontecendo frequentemente. Esse foi um dos fatores que levaram à renúncia de Dom Pedro em 07 de abril de 1831. A CRIAÇÃO DA ABI A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), foi criada para representar e assegurar aos jornalistas os seus direitos e legitimar sua profissão. A data escolhida para sua criação oficial foi dia 07 de abril de 1908, haja vista o seu caráter histórico e importância para a liberdade de imprensa. A ABI foi idealizada pelo jornalista Gustavo de Lacerda, que acreditava que os jornais deveriam funcionar como uma cooperativas, com uma missão social de informar e levar conhecimento à população. Sua ideologia era contrária ao jornalismo praticado até então, cujos veículos eram empresas que visavam ao lucro, e a notícia era apenas uma mercadoria. Tal posição fez com que a Associação enfrentasse certa resistência e até boicotes por parte dos grandes empresários, fator qe levou a uma maior demora na consolidação da entidade.

UMA PROFISSÃO E SUAS DIFERENTES COMEMORAÇÕES Apesar de o dia 07 ser a principal data brasileira de homenagem aos jornalistas, outros dias também, homenageiam tal profissional. Confira abaixo as principais

datas: 29 de janeiro: refere-se à morte do jornalista e abolicionista José do Patrocínio. 16 de fevereiro: Dia do repórter. 03 de maio: Dia da Liberdade de Imprensa, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1993. 01 de julho: Dia da Imprensa. Essa data faz referência ao início da circulação do primeiro jornal do Brasil, o Correio Brasiliense, editado por Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça, em Londres. O Dia do Jornalista, assim como suas áreas de atuação, varia conforme o país. Nos Estados Unidos por exemplo, comemora-se em 08 de agosto. Já na China, a data escolhida foi 08 de novembro.

JORNALISMO NO BRASIL O primeiro jornal brasileiro não era produzido no Brasil..o Correio Brasiliense foi criado em 1º de junho de 1808 pelo jornalista Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça, em Londres. Sua circulação encerrou-se em 1º de dezembro de 1822. Os custos de produção dos primeiros jornais eram altos e a tiragem de poucos exemplares, já que a maior parte da população brasileira era analfabeta. O conteúdo semanário tinha um caráter predominantemente opinativo. A imprensa brasileira passou a se desenvolver e se tornar mais popular com a abolição da escravatura, os avanços na educação básica,o barateamento dos custos de produção e possibilidade de inserção de imagens nos semanários que depois se tornaram periódicos.

GRADUAÇÃO Os jornalistas brasileiros não tinham formação específica até a década de 1940. Os profissionais do jornalismo eram, em sua maioria, médicos, advogados e, posteriormente, escritores. O primeiro curso de Jornalismo no Brasil, criado em 1947, em São Paulo, foi o da Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. A graduação nessa área ganhou força na década de 1960 e as seguintes instituições passaram a oferecer o curso: Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Faculdade Eloy de Souza (atual Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN), Universidade de Brasília (Unb) e Federais de Goías (UFG) e Amazonas (UFAM). O diploma para o exercício de jornalismo tornou-se exigência em 1969, o que possibilitou o crescimento e aperfeiçoamento dos cursos de graduação e posteriormente, especialização para os profissionais da comunicação. A exigência do diploma de Jornalismo para exercício da profissão foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal em 17 de julho de 2009. A justificativa foi a de que exigir tal formação cerceava o direito à informação e à liberdade de expressão e que o diploma, além de servir apenas aos interesses das instituições de ensino superior, foi exigido em um momento de repressão. Isto é, durante o regime militar no Brasil. O assunto voltou às pautas de discussão definitivamente em 2015, em uma tentativa de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que pretende restituir a obrigatoriedade do diploma de jornalista. O JORNALISTA A Faculdade de Jornalismo tem duração de quatro anos, que são divididos em oito períodos letivos. Ainda na graduação, o futuro comunicador pode colocar em prática as noções aprendidas em sala por meio dos estágios que podem ser obrigatórios ou não, conforme a instituição de ensino. Ser estagiário facilita a inserção do estudante no mercado de trabalho. O jornalista deve ter domínio de Língua Portuguesa e boas técnicas de redação; deve buscar manter-se atualizado sobre os principais assuntos, ser criativo e ter boa comunicação. O profissional pode atuar em diversas áreas e cargos, alcançando inclusive postos de chefia. Entre as mídias que contam com a participação do jornalista, estão: Web (internet); Televisão, Revistas; Jornais Impressos (diários ou semanais); Rádio; Assessoria de Imprensa\Comunicação. Uma das áreas que mais crescem e oferecem oportunidades aos jornalistas é a web. Com a popularização da internet e das plataformas digitais, a busca pela informação pela informação instantânea e a possibilidade da interatividade aquecem o mercado para profissionais dispostos a se dedicarem ao web jornalismo. Outro setor que tem se destacado nos últimos anos é a Assessoria de Imprensa o assessor é responsável pela representação de empresas, órgãos,indústrias ou personalidades em meios de comunicação e perante a sociedade. Além disso, o jornalista que atua nessa área, usa seu conhecimento de técnicas de comunicação e edição para produzir notas, notícias e reportagens para sites, revistas, jornais e até mesmo TV, assim como pode ficar a cargo da comunicação interna ou ainda integrada, trabalhando com os profissionais de Redações Públicas e Publicidade e Propaganda.

Fernando Mauro Ribeiro

 
 
 

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