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07 – DIA DO COMPUTADOR – CONVIVÊNCIA FAMILIAR VERSUS INTERNET

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 7 de out. de 2021
  • 3 min de leitura

O título dessa matéria poderia ser também: “Diálogo e convivência familiar contra o celular e as redes sociais”. De fato, o diálogo e convivência familiar, têm disputado a atenção com o celular e seus múltiplos atrativos. Não deveriam ser adversários – um contra o outro – ao contrário, celular e as redes sociais deveriam estar em sintonia com o diálogo e a convivência familiar, deveriam ser grandes aliados na tarefa de informar, comunicar-se e por que não de educar os filhos?

Hoje, quando se comemora o Dia do Computador me lembrei de que em alguns momentos, assisti com um pouco de tristeza, cenas do cotidiano em que os celulares reinavam absolutos. Eles eram, como se costuma dizer numa linguagem mais vanguardista; “os donos do pedaço”. As pessoas, não se viam, não se ouviam, não se olhavam, não se falavam, não se tocavam. Estavam diante de uma espécie de “deus”, absortos, quase que em êxtase. Mas, que deus é esse que aliena e aprisiona; ao invés de instruir e libertar seu povo?

Tais indagações me fizeram lembrar de algo que, certa vez o Papa Francisco disse: “A Família é o berço da comunicação”. Pensando nessa frase, será que estamos dando essa oportunidade em nossa família?

Vemos que a dificuldade contemporânea é administrar as relações familiares com as tecnologias presentes em nossa casa. Como eu disse, o diálogo e a convivência tem disputado a atenção com a internet e os computadores. A cena de uma família reunida está sempre acompanhada de celulares e tabletes, cada um no seu dispositivo e em seu mundo.

A presença é somente do corpo, pois a atenção está conectada bem longe dali, em algum lugar do mundo virtual. Diante desse cenário, é preciso refletir nas presenças que temos evitado em nossas famílias e as ausências que temos provocado em virtude dos meios digitais que nos levam a percorrer distâncias, sem sair do lugar, em busca de informações, entretenimento, relações etc., mas que causam o distanciamento de nossos familiares que estão bem do nosso lado.

A realidade é que o virtual vem ocupando grande espaço de nosso tempo. É preciso “que as famílias orientem o nosso relacionamento com as tecnologias, ao invés de serem guiadas por elas”, como diz Papa Francisco.

O desafio é colocar limites, começando a evitar levar o celular à mesa de refeição e nas reuniões de família. Dar a chance de explorar outras atividades que estimulem a interação e a imaginação, como ler um livro, jogos de tabuleiro e programas ao ar livre. Precisamos desacelerar o ritmo frenético que a internet nos impõe e permitir envolver a mente em algo mais calmo e consciente, que estimule nossa concentração, nossos sentidos e nosso tato.

A ideia não é excluir a tecnologia de nossa vida, pois ela é fruto de um dom que Deus nos deu: a inteligência. Não queremos e não podemos viver sem ela. Mas é preciso bom senso e utilizar as mídias digitais em nosso favor. Que o uso errado, não coloque em risco o convívio familiar em sua essência, como a presença física, mental e espiritual... o olho no olho, o toque do abraço.

Acho que a melhor rede social ainda é uma mesa rodeada pelos amigos e pela família. Isso, infelizmente, quase não acontece mais nas famílias. Aqui, na nossa casa, em Cachoeira Alegre, ficaram a enorme mesa da cozinha, rodeada de lembranças, ocupada de saudades, despida de alegria... solitária, talvez, à espera, de que nos reunamos novamente em torno dela.

Se a saudade de nossos pais, de nosso irmão, que se ausentaram há alguns meses, a ausência de tantos amigos que também se foram; não pode ser maior do que a necessidade de estar junto, do diálogo, do toque, da convivência que faz estreitar os laços fraternos e nos estimulam a celebrar a vida.

Você que me lê, se concordas com o que eu digo, lance mão dessa ferramenta “o celular”, convide, intime ou convoque os amigos para um encontro ao redor de uma mesa. Mas, não leve o dito cujo. Sim, ele é muito útil. Mas, às vezes, ele é mais útil quando o deixamos em casa, no carro, ou numa gaveta. Experimente fazer isso e, podes dizer em alto e bom som, no final do encontro: Viva o Dia do Computador!

Fernando Mauro Ribeiro

 
 
 

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