07 - BLOCO DE ROCHA SE DESPRENDE E CAUSA TRAGÉDIA EM CAPITÓLIO - MG.

É verão, primeira sexta-feira de janeiro. Capitólio, município que fica a 280 quilômetros de Belo Horizonte, uma região belíssima, muito procurada por turistas pelos seus encantos, onde está situada a Represa de Furnas. Outras cidades como São José da Barra que limita com Capitólio é também muito procurada, pois oferece confortáveis hotéis e pousadas que atendem os anseios de quem está em busca de lazer, descanso, conforto, entretenimento e descanso. São cidades que, compõem esse complexo turístico de Minas (um dos pontos mais emblemáticos, mais belos de Minas que despertam a curiosidade de pessoas de todo o país e do mundo, uma vez que o local é conhecido internacionalmente.

Capitólio é, numa região muito bonita de nossa Minas Gerais, no interior, centro Oeste do Estado, é, pois, conhecida como “mar de Minas”, uma região belíssima. De paredões rochosos, a represa de Furnas, é o maior Lago artificial do mundo, passa por 34 cidades de Minas, em algum lugar ele chega a mais de cem metros de profundidade.

Diante da exuberância dos Quenios, - ou Canyons de Furnas - Grutas, lago, a água verde esmeralda, cascatas, Eco Parque, vegetação e outras atrações turísticas, Capitólio é um dos destinos mais cobiçados do Brasil. É, portanto, natural que, num final de semana, verão, janeiro, férias, o local esteja repleto de turistas. E estava mesmo.

Me surpreendi, quando no Dornelas, Jorge, meu cunhado, falou de um deslocamento de rocha, numa região de Minas e que havia feito vítimas. Mais tarde, foi Maiza quem comentou o acidente. Quando busquei informações nas redes sociais, vi que não se tratava apenas de um evento súbito, mas de uma tragédia, de enorme proporção e consequências desastrosas.

Vi, que, nessa tarde, por volta de meio dia, talvez, um gigantesco bloco de rocha de desprendeu e caiu sobre duas lanchas mais próximas, provocando uma avalanche de água, pedaços de rochas, barcos que, na tentativa de se afastar do local se chocam, causando a morte de pessoas, turistas... uma cena terrível, difícil de descrever.

O depoimento de uma turista, que fez imagens do local, relata que alertou o rapaz da lancha de que pequenas pedras estavam se desprendendo do paredão rochoso e que ele dissera “não ser nada”. Houve quem tentasse alertar aqueles que estavam mais próximos dos Quenios, gritando: siam daí! Saiam! Se afastem! Não deu tempo. A filmagem mostra o momento em que o grande bloco rochoso se desprende e cai sobre dois barcos mais próximos. Então o seu barco se afasta, já, com maiores dificuldades, pois também outros barcos faziam as mesmas manobras com o mesmo objetivo de se afastar e chegar a lugar seguro.

Há quem fale em dezenas mortos, porém, é uma notícia que carece de maiores informações para dá-la como real. O que se pode afirmar, no momento, é que dez corpos foram localizados e sete deles já identificados. O que se vê, agora, é a grande movimentação dos bombeiros, motos aquáticas e lanchas, tentando o resgate das pessoas.

Já se sabe que o local do acidente, próximo aos uenios, tem profundidade de oito metros, que a água, antes de tom esverdeado, agora, é de cor cinza, que pedaços de rochas e corpos foram encontrados a uma distância de 50 metros do local, em razão do impacto, que a visita aos quenios e outro local conhecido como Cascatinha foram proibidas e que os dois locais estão interditados por tempo indeterminado, para investigação das causas do acidente.

É evidente que, não gostaria de estar aqui a falar de algo tão triste, que nos choca, que me deixa meio que “anestesiado”, como normalmente acontece, quando tenho que abordar alguma tragédia. Porém, faz parte do ofício de informar e procuro faze-lo o mais fielmente, respeitando, obviamente a dor alheia, que na verdade, é dor nossa também, dor de cada um, são as dores do mundo, feridas que se abrem e que deixam as marcas das cicatrizes, como costumo dizer.

Fernando Mauro Ribeiro