A intenção seria atuar na prevenção para que não se chegasse onde chegamos. É triste, mas a realidade é essa: o país está enfrentando um enorme desafio: combater os focos da dengue que já se alastrou por diversas regiões, alguns estados já apresentam óbitos causado pela doença. Em Brasília e no Rio de Janeiro a situação já é bastante grave. No Rio, por exemplo, o número de internados bate recorde. Os jornais registram que doze anos depois, o Rio volta a viver uma epidemia de dengue. A prefeitura do Rio, anunciou uma série de medidas para tentar frear os avanços da doença.
Apenas em janeiro, foram 10.156 cariocas infectados – quase a metade do ano passado. A cidade bateu o recorde de internações por dengue da história, com 362 hospitalizados em janeiro - o maior número desde 1974, segundo o secretário municipal de Saúde. Há mortes confirmadas e outras situações em investigação. Infelizmente, os números confirmam a epidemia. Mas ao contrário da pandemia de Covid, em que o cidadão individualmente não podia fazer muita coisa, agora depende muito da ação individual.
Na absoluta maioria dos casos de dengue, as pessoas pegam em casa ou perto do local onde elas moram. Para combater o avanço da doença, um antigo aliado do carioca voltará às ruas: o fumacê – 16 carros rodarão pela cidade com o inseticida UBV, que atinge mosquitos na forma adulta. O Rio também vai abrir 20 leitos exclusivos para o tratamento de pacientes com dengue grave no Hospital Ronaldo Gazolla, em Acari.
Nessa semana serão inaugurados dez polos de atendimento em unidade de saúde para receber mais pacientes. Outra frente é a entrada compulsória em locais com possíveis criadouros de mosquitos. Há previsão da chegada esse mês, da vacina contra a dengue, mas a quantidade de doses será pequena porque a farmacêutica não possui estoque. A recomendação do Ministério da Saúde é imunizar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos – no Rio, deverão ser aplicadas em 350 mil.
Nas próximas semanas deve iniciar a pesquisa de efetividade do imunizante em adultos, como o EXTRA antecipou em dezembro. O estudo vai seguir os moldes dos realizados na Ilha de Paquetá e na favela da Maré com imunizantes da Covid-19. Agora, a escolhida foi Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, pelo histórico de casos no bairro. Serão imunizados 20 mil voluntários de 20 a 40 anos do bairro, que serão acompanhados por dois anos.
Como já mencionado aqui, em Brasília, onde a situação também é bastante crítica, já serão montados em tendas, hospitais de campanha para auxiliar no atendimento à população. Nosso alerta – do Portal Novo Tempo - é para que todos se comprometam no efetivo trabalho de combater o mosquito, fazendo uma limpeza nos seus quintais, caixas d’água, pratinhos de plantas com água e também uma ronda nos arredores e, se houver alguma suspeita de foco dos mosquitos comunique com o órgão competente.
ESTEJAM ATENTOS PARA OS PRINCIPAIS SINTOMAS: Febre alta, acima de 38 graus, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza por trás dos olhos e manchas vermelhas na pele.
GRAVIDADE: Especialistas orientam que aos primeiros sintomas, a pessoa procure o médico. Em caso de sinais mais graves, como tontura e vômitos que não cessam, procurar urgente uma unidade de saúde.
REPELENTES: Especialistas são categóricos em dizer que o uso de repelentes aplicados na pele são a medida individual mais eficaz para se proteger contra a dengue e outras doenças causadas pelo Aedes aegypti. Esses produtos não matam o inseto transmissor, mas o repelem, impedindo a picada. Estudo da Unesp Botucatu, concluiu que repelentes que contém icaridina na concentração 25% são os mais eficazes. Consulte o rótulo para ver essa especificação no produto.
ROUPAS: Roupas escuras tendem a atrair mais os mosquitos do que as claras. Mas isso não significa que ele não vá picar. Outro ponto a favor de roupas claras é que elas facilitam a identificação do mosquito.
INSETICIDAS: Produtos em spray ou aerosol são indicados para matar mosquitos adultos que já estão num local, mas não impedem a entrada de outros no ambiente. Os produtos colocados na tomada são classificados como repelentes, mas de eficácia limitada.
Fernando Mauro Ribeiro – baseado em artigo de extra.globo.com
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