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06 - DIA MUNDIAL DA SAÚDE - A DOENÇA NA VIDA HUMANA

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 6 de abr. de 2022
  • 3 min de leitura

Amanhã celebra-se o Dia Mundial da Saúde. Você pode com uma simples pergunta, questionar-me antes mesmo de ler meu artigo: Dia Mundial da Saúde e vens falar de doença? Lembremo-nos que a doença sempre existiu, a própria Bíblia trás inúmeros relatos, como a linda história do leproso de Naaman, que Jesus mesmo elogiou por causa de sua fé na cura da sua doença. Mas para ter essa fé, ele encontrou muita fraternidade dos outros.

A cura do enfermo será sempre ligada à sua Comunidade, onde se encontram as raízes de quase todas as doenças. Desde jovenzinho, - isso já faz algum tempo – ouvia na minha Comunidade, na Igreja-matriz São Sebastião, assim como na casa de meus pais, se rezar pelos enfermos e, isso não mudou. Há sempre alguém enfermo e nosso dever é rezar por eles. Isso posto, vamos, pois, à matéria que me proponho: “A doença na vida humana”.

Quem já experimentou em si mesmo ou conviveu com um parente ou amigo com uma doença séria, sabe como a pessoa doente pode ficar abalada, exterior e interiormente. O doente é tirado de sua vida normal, de sua profissão e da sociedade. A experiência de fraqueza, isolamento, medo, dores físicas e espirituais podem levá-lo ao desânimo e ao desespero. A doença nos mostra que não somos os donos da saúde e da vida.

Sem dúvidas, a doença pode fazer amadurecer também em nós, forças desconhecidas. Ela pode nos levar a uma compreensão mais profunda da brevidade e transitoriedade de muitas coisas que, normalmente parecem importantes demais e exigem toda a nossa atenção. A doença pode ajudar a estabelecer um relacionamento novo e melhor com aqueles que estão ao nosso redor, especialmente na família. Ela pode nos levar a descobrir e refletir sobre as questões mais fundamentais da vida. Ela é um desafio para uma vida mais ligada e mais unida a Deus.

E contudo, a doença não deixa de ser um mal. Deus quer a vida, plena vida, com saúde. Sentimos de maneira sadia se nos defendemos contra qualquer ameaça à vida. Por isso, os médicos e todos os que estão a serviço dos doentes para lhes dar conforto e ajudar a restabelecer a saúde, cumprem uma missão cristã. Fazemos bem se na doença procuramos recuperar a saúde e se todos ajudarmos os doentes a manterem ou descobrirem de novo a vontade de superar a doença. Com uma aceitação meramente passiva, que se pode esconder sob o manto de devota resignação, não respondemos à providência divina, embora a entrega à vontade de Deus, especialmente em situações extremas, seja a única atitude verdadeiramente cristã.

Em todo caso, apesar de toda repugnância de nossa parte, devemos reconhecer que não podemos sempre superar a doença pelas nossas próprias forças. Muitas vezes também os enfermeiros e os médicos mais dedicados não podem fazer nada diante do mistério da doença.


OBSERVAÇÃO: Se lhes falo dessas coisas, confesso que as vivi, as experimentei na própria carne, num longo tratamento, na década de 80. Digo-lhes também que as vivenciei ao longo da minha vida, visitando hospitais, conversando com enfermos, rezando por eles, rezando com eles, encaminhando-os a um sacerdote, para uma conversa, uma confissão se assim o desejarem e levando-lhes a Eucaristia. Familiares enfermos, meus pais e um irmão que se encontram nos altos azuis, levados que foram em 2020, pelo Corona vírus, a Covid-19 que, ceifou tantas vidas.

“Alguém que julga a vida negativa, não pode dela viver”.

(André Mauraux).

Fernando Mauro Ribeiro.



 
 
 

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