12 - REALENGO NUNCA MAIS E NO ENTANTO, MAIS UM ATENTADO... E AS GUERRAS SEGUEM MATANDO INOCENTES
Fernando Mauro Ribeiro
12 de abr. de 2022
3 min de leitura
Atualizado: 21 de abr. de 2022
Soube agora à pouco por um de meus genros que, aconteceu um novo atentado nos Estados Unidas. Parece-me que numa estação de Metrô. Não sei o número de vítimas, não sei se o autor do atentado foi identificado, se preso, se evadiu-se do local, se morreu em razão do ataque, nem se o grupo extremista já assumiu a autoria do crime. Daqui a pouco,vou às redes sociais para buscar informações mais precisas. Não para editá-las aqui, a grande mídia com certeza falará exaustivamente sobre o assunto.
Também as guerras não dão trégua ao redor do mundo. Quanta violência! A humanidade, não obstante sua heterogeneidade, tende a repetir padrões comportamentais que, quase sempre irrefletidos e imponderados, dificultam consideravelmente a edificação de um mundo pacífico. É nítida a percepção de que a sociedade contemporânea carece de referências.
A ausência de um um sentido na vida, é experimentada por um número crescente de pessoas de todos os níveis culturais, sociais e econômicos, bem como dos mais distintos matizes ideológicos. Os caminhos da Quaresma se conclui com a celebração da Ressurreição de Jesus. Estamos fazendo o Caminho do Calvário, na certeza de que chegaremos ao sábado glorioso do Aleluia. Muitos porém, se deixaram cegar pela ambição, o ódio o desamor que gera todo tipo de maldade.
No início desse mês, revendo velhas edições desse informativo, quando ainda era impresso, me deparei com a Tragédia de Realengo. Mais de dez anos se passaram. Quanta dor e sofrimento! Escrevi um artigo, cujo título é "Realengo nunca mais" e que vou inserir nessa edição. A conclusão a que chegamos é de que o tempo passa, mas o homem está a cada dia mergulhando nas trevas, se distanciando mais e mais da Luz que é Cristo; o sol do novo mundo. Veja:
REALENGO NUNCA MAIS
O simpático bairro do subúrbio carioca será sempre lembrado na canção “Aquele abraço” de Gilberto Gil: “Alô, alô Realengo, aquele abraço! Alô torcida do Flamengo, aquele abraço”! O Rio de Janeiro continua lindo, o Rio de Janeiro continua sendo, o Rio de Janeiro, fevereiro e março... e o cantor baiano rima: março com abraço. Bela canção e bela lembrança! Mas, há uma história triste que aconteceu em abril de 2011 e, que dificilmente, nós brasileiros, nos esqueceremos. Uma barbárie, um ato frio e insano cometido por um psicopata que, que em abril daquele ano, invadiu uma escola no bairro de Realengo e acabou ceifando a vida de 12 jovens que ali se encontravam estudando.
A crueldade estarreceu a todos (brasileiros e estrangeiros). Atônitos com tamanha violência gratuita e sem sentido, todos tentamos, sem sucesso, encontrar razões para a injustificável covardia cometida contra meninos e meninas que, no momento da chacina buscavam na escola um pouco mais de cultura para as suas formações. Passado o calor e a indignação para o inexplicável ato, as manchetes e coberturas dos veículos de comunicação começam a rarear. Os grandes espaços sobre o assunto já não “vendem” como antes. Por isso, passam a ocupar páginas menos nobres e espaços menores nessa mídia que costumam trabalhar com “produtos sensacionais” e que gerem boas vendagens e lucros a seus proprietários.
Passados mais de dez anos, não se sabe como estão as famílias que perderam esses jovens, não se sabe como está a segurança nas escolas. Sei que com o passar do tempo a população tende mesmo a esquecer deste vergonhoso acontecimento e que nossas autoridades da mesma forma permanecem na sua zona de conforto sem apresentar propostas de segurança, nossos políticos também, nada fazem para coibir a violência. Muito embora seja impossível prever tais tragédias, uma vez que elas se iniciam nas mentes doentias de pessoas mentalmente perturbadas. Um pouco mais de atenção com a formação de nossos jovens e com as nossas escolas, certamente evitaria o ato selvagem que fomos obrigados a vivenciar.
Algum tempo depois, a história se repetiu numa escola da cidade de Suzano em São Paulo. Como estão nossas escolas, hoje] estariam nossos alunos mais seguros]. Torcemos para que nossas autoridades e políticos pensem menos nos lucros pessoais e deem mais atenção aos nossos meninos e meninas que buscam na educação novas oportunidades e tempos futuros melhores. Por que, nós do portal Novo Tempo voltamos a esse fato tão triste e doído, estará me perguntando algum leitor. Lembro-me que na ocasião abrimos espaço aqui para nos solidarizarmos com as famílias dessas vítimas tão frágeis. Afinal, um ato insano como este, poderia acontecer em qualquer escola do país.
Assim, o que queremos é propor aos nossos leitores na mesma faixa etária das vítimas de Realengo e, que talvez, nem tenham ouvido falar dessa tragédia, uma reflexão sobre as relações humanas que de tão fragilizadas originam atos tão repugnantes como o vivido pelos jovens da Zona Oeste do Rio, o bairro de Realengo e da cidade de Suzano, estado de São Paulo. É só uma sugestão, mas que pode, se colocada em prática, dela se colher frutos. Que seja assim!
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