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05 - OS MELLHORES JOGADORES DO BRASIL DE TODOS OS TEMPOS

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 5 de fev.
  • 3 min de leitura

Nome: Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira.

Nascimento: 19-08-1954 – Belém PA.

Clubes: Botafogo SP; (1974-1978) Corinthians, SP. (1978-1984); Fiorentina (ITA) 1984-1985; Flamengo (1986-12987); Santos (1988-1989); Botafogo – SP (1989).

Seleção Brasileira: 1979-1986 (60 jogos – 22 gols).

       O Corinthians chegou atrasado para a semifinal do Campeonato Paulista de 1983. O jogo estava marcado para as 21:00 horas e o ônibus corintiano ainda andava em torno do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, a pouco mais de três quilômetros do estádio do Morumbi. Com os carros à frente parados, sem nenhuma perspectiva de que o trafego andasse, Sócrates avisou aos colegas que o time inteiro ia descer do ônibus e seguir a pé até o campo.

       O trajeto durou cerca de 15 minutos a pé, e o time seguiu imediatamente para o vestiário e, de lá, para o gramado, para o jogo. Na primeira partida das semifinais Sócrates havia sido incomodado por um marcador chato. Márcio Alcântara perseguiu-o o tempo suficiente para produzir críticas em todas as colunas sobre as atuações do clássico no dia seguinte.

       Cansado da caminhada forçada, Sócrates não se abalou. Com pouco mais de dez minutos de jogo, recebeu um passe da defesa, de costas para o marcador, virou o corpo e bateu de pé direito. Caprichosa, a bola encaminhou-se para o canto direito do goleiro João Marcos.

       Na campanha do título paulista de 1983, o bicampeonato conquistado em semifinais contra o Palmeiras, final contra o São Paulo, Sócrates marcou em todas as partidas decisivas. Ainda  que foi anulado pelo Marcio Alcântara, deixou sua marca, cobrando pênalti. Nos três jogos seguintes, brilhou e deu ao Corinthians o bicampeonato paulista.

       Não, a carreira de Sócrates não foi só no Corinthians. Ele brilhou com a camisa do Botafogo de Ribeirão Preto, campeão do primeiro turno do campeonato paulista de 1977. Da Fiorentina e até do Flamengo e do Santos, por onde passou no final da carreira.

       E brilhou principalmente na Seleção Brasileira. Sua camisa 8 ficou imortalizada com a faixa de capitão de um dos times mais brilhantes já produzidos no país. A seleção de Telê, eliminada nas quartas de final na Espanha, em 1982, era fantástica. E Sócrates só fez o primeiro gol daquela campanha divina.

       Contra a União Soviética, com o jogo apertado e o placar desfavorável, faltando 15 minutos para o final do embate, ele dominou pela meia esquerda, passou por dois zagueiros e fuzilou.  Seguiu brilhando contra a Escócia, a Nova Zelândia e Argentina, mas seu segundo gol no Mundial veio contra a Itália, no jogo fatídico. Um tiro forte, entre o goleiro Zoff e a trave esquerda, deu esperanças aos brasileiros ao colocar 1 a 1 no placar.

       A vitória não veio.

       Sócrates ainda teve outra chance de ser campeão no México, em 1986. Sua Copa já não foi tão brilhante, castigada pela idade, mas foi decisivo contra a Espanha, na estreia. Na partida contra a França, perdeu um dos pênaltis que selaram a eliminação do Brasil de Telê.

       Seu nome já estava na história. Pela classe, pela genialidade, pelos toques de calcanhar, maneira singular que o Dr. Sócrates escolheu para driblar uma deficiência.

       - Eu era alto demais e demoraria para virar e dar o toque na bola rapidamente. Aprendi a tocar de calcanhar. Coisa de gênio.

André Kfouri e Paulo V. Coelho

 
 
 

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