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04 - NATAL, FESTA DE ALEGRIA, DA ESPERANÇA E DA LUZ

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 4 de dez. de 2022
  • 3 min de leitura

“Chegada a plenitude dos tempos, chegou para nós o Salvador que é Cristo Senhor”.

Todos os anos a liturgia do Natal faz uma fissura no cronos, no tempo, na nossa história. O ontem se faz hoje e, assim, nós temos a oportunidade de viver o nascimento de Jesus. Não é simplesmente voltar ao passado, é atualizar e viver esse acontecimento, esse mistério que é muito maior que a nossa compreensão. Cada ano o mistério é o mesmo, mas os apelos são diferentes.

A “Noite Santa”, que não é uma hora marcada pelas horas do pôr ao nascer do sol, mas a noite em que Deus assumiu a nossa condição humana. Neste ano de tantos desafios, mais uma vez, Jesus nasce. Deus se desnuda diante de nós para trazer a luz, a esperança e o recomeço. O Natal é misericórdia de Deus. Ninguém viu a Deus e não O veremos, mas Aquele que está na intimidade do Pai, Jesus, nos deu a oportunidade de conhecer a imensidão do Seu amor.

Jesus – Yeshua já estava na criação, já era Deus na Santíssima Trindade e num ato pleno de misericórdia, despojando-se de todos os seus atributos, nasceu numa estrebaria com os animais. É Deus assumindo nossa carne e mostrando como ser bom, como nos despojar e obedecer o Pai.

Jesus podia ter tudo, palácios, impérios e nações. Podia dispor dos anjos, mas nasceu pobre entre os pobres. Na criação para o homem, Deus dispôs tudo. Deu o mundo lindo e magnífico, mas para Si, uma estrebaria. Ele não quis nada a não ser o nosso amor. Pelo lado mssiânico, quem é esse Menino? Quem garante que Jesus é o Salvador? Os méritos da sua Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição. Se fizéssemos uma medalha para mostrar esse significado, teria de um lado a mangedoura e do outro a Cruz. O mesmo menino que nasceu, não há dúvidas, é o Salvador, como os anjos mesmo anunciaram; “Hoje nasceu para vós, um Salvador que é o Cristo Senhor” (Lucas 2.11).

De tudo aprendemos grandes lições, assim, aprendemos muito no perío de pandemia. Tudo é efêro, e o que fica é o nosso encontro com Deus. Então, que sentido estamos dando à nossa breve existência? Começamos a ver a vida diferente, um dia de cada vez. E vamos ser sinceros: a pandemia acendeu um alerta sobre nossas limitações e nossas fragilidades humanas.

Por isso acredito e espero que neste ano, possamos viver o Natal outra forma. Diante de um Menino na mangedoura, um Deus que se desnuda, se faz uma frágil criança, tenhamos também a coragem de nos desnudar, de olhar para nossa história e dizer: “Eu não quero continuar dessa forma. Se não posso mudar o meu ontem, eu posso construir o meu amanhã”.

O natal vem nos fazer entender que sendo humanos, somos divinos. Com a Encarnação do seu filho Jesus, Deus faz o humano se misturar ao eterno. Uma das lembranças mais lindas que guardo da Terra Santa é a da Gruta da Natividade. A Basílica é grande, mas a gruta em que Jesus nasceu é tão pequena que temos de entrar meio encurvados.

No Natal, o Senhor nos manda ficar de joelhos e deixar cair um pouco da arrogância e da indiferença. Não importa a aparência, a cor da pele, a condição social, somos todos iguais: humanos e divinos. Já vivemos num passado muito recente em que não pudemos nos abraçar, nossos sorrisos ficaram escondidos atrás das máscaras. Mas sempre podemos dizer para as pessoas que estão perto, como elas são importantes para nós.

Não tenhamos medo de renascer, de voltar à essencia da nossa humanidade. Aproveitemos o Natal para tentar recuperar dentro de nós, o que temos de melhor e deixemos brilhar em nossas vidas a luz divina do menino Deus, que vem trazer a verdadeira paz e nos unir no amor.

Abençoado e Feliz Natal!

 
 
 

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