02 – SEXTA-FEIRA SANTA: CELEBRAÇÃO NA MATRIZ ÀS 15:00 HORAS

Este dia é um convite à meditação, à oração e ao silencio. Queridos e amados amigos, irmãos, leitores. Parece introdução de uma celebração da santa missa, não é mesmo]. Mas, é sim, uma saudação que brota do coração, nessa sexta-feira santa. Como estás percebendo, estamos celebrando a Semana, do jeito que nos é permitido – sem procissões, sem aglomerações – Todos devemos santifica-la, do jeito que nos é devido.

Acabo de chegar da Matriz São Sebastião, onde se deu a celebração do Descerramento da Cruz, às 15:00 Horas. É, na minha opinião, uma das celebrações mais belas da rica liturgia da Igreja Católica. A Igreja está de luto, os altares despidos de flores, a mesa da celebração é desnudada no dia anterior, a celebração se inicia com o presidente e os ministros se prostrando, fazendo reverência ao altar. e se encerra no mais profundo silencio. “Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo!

As leituras de hoje, a Palavra nos revela o amor do Verbo eterno do Pai, que assumiu ao extremo a condição humana e nos resgatou para a vida. “Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo! Contemplemos o mistério da Cruz redentora de Cristo. De sua morte nos veio a vida e a salvação. Seu amor extremado foi gerador de vida. Aquele que é o Cordeiro imolado anunciou o Reino e passou fazendo o bem. Esteve ao lado dos pobres, dos pequenos, dos pecadores e dos humildes. Foi condenado por causa de seu amor e de sua fidelidade ao Pai. Sejamos gratos para com o Senhor, pois a Ele devemos tudo. A celebração se inicia e se se encerra no mais profundo silencio.

Este ano, não ouviremos o som das matracas anunciando que o cortejo está à caminho, ão haverá a encenação - nas escadarias da Matriz - da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo; também não se ouvirá o canto de Verônica a exibir impresso numa toalha, o rosto de Cristo; a Banda de Música não executará a emocionante e dolente "Marcha Fúnebre"; os fiéis não caminharão pelas ruas de Cachoeira Alegre, em procissão, os cânticos de Bendita e Louvada Seja, O Povo de Deus e outros, silenciaram-se e os fiéis se recolheram às suas casas, numa Sexta-Feira Santa atípica, que ficará marcada como a Semana Santa sem procissões em razão da pandemia.

No silêncio de nossas casas, aguardamos, todos, pelo Sábado da Ressurreição que, também com suas restrições, poderemos cantar o Glória e o Aleluia!

Fernando Mauro Ribeiro