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02 - DIA DE FINADOS: CEMITÉRIO BOM PASTOR, EM CACHOEIRA

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 2 de nov. de 2021
  • 3 min de leitura

Fui à missa na Igreja-matriz pela manhã e fiz uma visita ao Cemitério Bom Pastor em Cachoeira Alegre. Nos aproximamos já do final de 2021, um ano bem diferente de todos os outros que vivemos. Período em que nossas famílias, nosso país e o mundo estiveram mergulhados no caos, com as cruéis consequências do Covid-19. Quero, pois, falar de esperança, com você, que caminha em meio às alegrias e tristezas presentes na vida de hoje.

O livro da Bíblia que muitas vezes, é retratado como o livro do medo, o Apocalipse de São João, é o livro da esperança. Nele, se afirma: “Esta é a tenda de Deus, com os homens. Ele vai morar com eles. Eles serão o seu povo e Ele, o Deus-com-ele, será seu Deus. Ele vai enxugar toda lágrima dos olhos deles, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor. Sim! As coisas antigas desapareceram. Aquele que está sentado no trono declarou: Eis que faço novas todas as coisas”! (Apocalipse 21, 3-4)

Meditando esses versículos, rezei, lembrei-me de algumas canções que meus amigos gostavam, momentos que junto passei ao lado de meus entes queridos, e que tiveram esse campo como sua última morada. Passei por muitos túmulos, simples e suntuosos, de gente pobre, simples, gente humilde e gente poderosa; gente rica, gente brava e brava gente brasileira, gente mansa; cada um com sua história; todos com um mesmo destino: chegar à Casa do Pai, à glória celeste. Com alguns conversei; com outros cantei apenas o refrão de alguma canção; falei com meu irmão das mais recentes conquistas do Flamengo; tomei a bênção de meus pais; mandei-lhes um beijo, levei flores, poucas na verdade, acendi velas e saí dali com a alma em paz, na certeza de que nosso Deus é esperança e que Ele renova tudo em seu imenso amor.

Jesus classificou como “insensato” o homem rico que acumulava para si mesmo, construindo celeiros maiores para guardar seus bens. E Ele recomenda que “construamos nosso tesouro no céu, onde a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não assaltam nem roubam. Pois onde está o seu tesouro aí está também o seu coração”. (Mateus 20-21). Como é bonito ver uma vida que descobre a alegria de doar-se, de ajudar o próximo com amor. É uma verdade bíblica: “Há mais felicidade em dar do que receber”.

Assim, estive com algumas pessoas, cujos encontros se dão sempre nesse local e nessa ocasião. Foi registrado que nesse ano não havia populares vendendo velas, água mineral e floristas oferecendo flores de cores variadas. Percebi também que, o número de visitantes fora bastante reduzido, a exemplo do ano passado. Reflexos ainda da pandemia, ponderei. Depois, atribui a isso, o fato de nossas estradas não estarem em bons estados, uma vez que as chuvas dos últimos dias, fizeram-nas ainda piores.

Ao deixar o local, ouvi comentários do tipo: “O cemitério até que tá bem cuidado, né”! Outro dizia: “Os túmulos todos caiados, tudo branquinho”! “A quem se paga a taxa de administração”? Indagava uma senhora já idosa. “Há mais de duas décadas que vejo nessa lateral, um portão de acesso ao cemitério. Não seria o caso de prolongar essa rua, até aquele portão? Disse o homem ao entrar em seu veículo e ir-se do local. Então, pensei: Bem que eu gostaria de ter respondido àquele senhor, informando que, esse era o projeto original. Que uma rua circularia o Cemitério facilitando o acesso.

A suposta rua receberia calçamento, iluminação, arborização, estacionamento e, que aquele acesso já existira em outros tempos. Administrações superiores, ao invés de reivindicar do município tais benefícios, achou mais cômodo fixar ali uma porteira, dificultando ainda mais o acesso.

Houve sim, negligência, por parte da Administração Paroquial, e indiferença, por parte do poder público. Ao município, que no início dos anos 2000 assumiu a administração do Cemitério, era muito cômodo ignorar tudo isso, já que tais obras, apesar de necessárias, geraria gastos à prefeitura. E assim, as coisas permanecem até os dias de hoje. Os vereadores já foram informados desse projeto, mas, pelo visto, “tudo continua como dantes, no quartel de Abrantes”.

Novamente, vou levar ao conhecimento do Legislativo e do Executivo o referido projeto elaborado pela administração do Cemitério em meados do ano 2000. Quem sabe um dia entendam a importância dessa obra? Enquanto isso, rogo ao Senhor nosso Deus, que faça crescer em cada coração a esperança. Ele renova tudo; é o Senhor da história. Ele dá a vida a quem a desejar. Sejamos confiantes e perseverantes.

Fernando Mauro Ribeiro

 
 
 

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