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02 – A FESTA DE RÉVEILLON EM CACHOEIRA E PELO BRASIL

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 2 de jan. de 2022
  • 4 min de leitura

Atualizado: 13 de jan. de 2022

O grande evento que reúne milhares de pessoas no mundo inteiro, foi esvaziado em razão da pandemia. Mas ainda assim, os fogos subiram aos céus e sem aglomeração o povo se despediu de 2021 com festa. Em Cachoeira Alegre, onde a festa vinha ganhando contornos de “grande encontro”, seja no Jupter clube, seja no calçadão da Mário Ribeiro, nas piscinas e áreas de lazer, nos bares, no Parque do Flamengo, ou nos quintais das casas; como era de se esperar, houve uma queda na frequência e participação das pessoas.

Não houve, contudo, queda, no entusiasmo. Em número menor, se pode ouvir e ver os fogos, o ir e vir das pessoas. Na residência dos Ribeiro, “Vale do Sabiá ou Ribeirolândia”, como dizem alguns amigos; há registros do tilintar das taças. Ainda que, com um rastro triste de saudade, a jovem guarda se reuniu nos jardins e barraca em torno da piscina. Poucos, pouquíssimos da velha guarda se fizeram presentes. Afinal, as lembranças ainda muito presentes, a saudade é tão evidente que, parece fixar-nos uma placa de contramão, como que a dizer: proibido trafegar por essa via. Mas não tenho dúvidas de que o tempo se encarregará de retirar essa placa e colocar outra: “Seja bem-vindo e estacione. Aqui sempre há vagas para aqueles que amam”.

Na Igreja-matriz, padre João Pedro, celebrou a Missa da Despedida de 2021. O ponto alto da celebração foi o fato de se estar junto para além de se confraternizar, demonstrar GRATIDÃO ao Criador, pelas maravilhas que Ele realiza na vida de cada um e de nossa Paróquia.

Ao longo de toda a noite e durante todo o dia, as Folias de Reis podem ser vistas em visita as casas e fazendo incursões pelas ruas, atraindo as pessoas com seu som característico e com a dança teatral dos palhaços. Nos bares, saudosas, as pessoas se reuniram com amigos para trocar abraços e esticar o assunto nesse primeiro dia de janeiro de 2022.

Em Muriaé, no Mirante do Cristo, houve música ao vivo e uma bela queima de fogos que fotografamos daqui, de onde estamos, com um pequeno grupo a saudar 2022 que chega para a retomada da amizade, a reaproximação, para devolver-nos os abraços roubados, para fazer surgir nos nossos rostos, os sorrisos que escondidos atrás das máscaras, começam a iluminar as nossas faces, os nossos dias, a nossa vida.

No Rio de Janeiro por exemplo, houve queima de fogos em dez pontos da cidade. A mais tradicional delas, em Copacabana repetiu o espetáculo de anos anteriores, com as balsas ancoradas na praia, para reproduzir a festa de cores tão esperada por milhões de turistas do mundo inteiro. Na véspera, a Prefeitura do Rio já havia divulgado uma nota proibindo a entrada de vans fretadas na cidade, nas ruas no entorno das praias do Leme e Copacabana foram interditadas, proibindo a circulação de veículos a partir das 22:00 horas, para oferecer mais segurança e evitar aglomeração.

Em São Paulo, não aconteceram grandes eventos por parte da Prefeitura, como o show da virada no Parque do Ibirapuera e as também tradicionais queimas de fogos. Motivo? Prudência. Já que a pandemia não acabou e a Ômicron está aí a ameaçar-nos.

Depois de um aquecimento lá para as bandas do Pelourinho, na orla, em Salvador, soaram fortes os tambores do “Olodum” e, os “Filhos de Gandhi” numa demonstração de que é povo grande, que não se queda diante das dificuldades, também passaram por lá. Sabemos que apesar das fortes chuvas que caíram nos últimos dias em todo o estado da Bahia, fazendo vítima, destruindo casas, centenas de desalojados, desabrigados, 78 cidades em estado de alerta, o povo baiano é guerreiro, mistura o pranto com o riso e também celebra a chegada de 2022.

Em Belo Horizonte, nossa belíssima capital, a festa não repetiu o sucesso dos anos anteriores à Covid. Savassi, Lagoa da Pampulha, Praça Sete e outros pontos da cidade, as comemorações ocorreram de forma tímida, como já dissemos aqui, em virtude da pandemia. Apenas uma grande movimentação nos bares e restaurantes, para fazerem um brinde a 2022 que chegou.

De Vitória, me chegam notícias, através do amigo Emerson Dias, que na orla, houve queima de fogos e a festa aconteceu também com algumas restrições. Guarapari, Iriri, Castelhano, Marataízes, Piúma e outras praias do litoral capixaba, por onde desfilam centenas de mineiros, a virada ocorreu também de forma mais contida.

Nas demais capitais, não houveram as tradicionais badalações. O evento se restringiu a encontros nos locais de sempre: praças, avenidas e quiosques da orla, como vi, por exemplo, na Praia de Boa Viagem, em Recife, porém, sem aglomeração e com reduzida queima de fogos.

Então, aqui, no meu apartamento, uma lembrança faz morada. Dá uma vontade de ouvir um som, um barulho bom, vozes... desejo de um afeto, de estar ao lado da pessoa amada. Que saudade da gente se aquecer e de se pertencer. Vontade de uma comida gostosa, um vinho de boa safra – uma cerveja, eu prefiro – Saudade de abraçar, de conversar, de batucar e gargalhar.

Ah, se eu pudesse trazer de volta aqueles passos, eu sairia correndo para Cachoeira, para caminhar com eles entre os canteiros floridos do jardim de Dona Zuleica. Só saudade!

Fernando Mauro Ribeiro


 
 
 

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