01 - O MUNDO DE FORA DEIXA MARCAS NO MUNDO QUE LEVO DENTRO DE MIM.

Segundo um poeta, “todos nós temos duas vidas: a de verdade e aquela que sonhamos viver”. Sonho e realidade fazem parte do nosso existir. O sonho ajuda enquanto descanso e relax. Sonhar de vez em quando é bom, nos deixa mais leves. O importante é voltar ao chão da realidade depois do sonho.

   Outro detalhe. Cada ser humano vive dois mundos. O mundo de fora e o seu mundo interior. Tudo o que nos cerca é esse nosso mundo de fora. O mundo da política, do comércio, do trabalho, dos transportes. O governo, a prefeitura, o colégio, o povo, os acontecimentos. O ar que respiramos, a natureza, o sol, o dia, a noite. O mundo do qual existo, dentro do qual atuo, vivo e me desloco.

   Como pessoa, marco esse mundo e sou por ele marcado. Contagio e sou contagiado, influo e sou influenciado. Eu me programo e sou programado. Até os mais fortes vacilam, às vezes, mesmo procurando resistir, enfrentar. O mundo de fora deixa marcas no mundo que levo dentro de mim.

   O mundo de fora, em grande parte, nos escapa. Independe de mim se alguém decide se mau, perverso, revoltado, negativo, injusto, opressor. É o mistério da liberdade. Os homens mais poderosos do planeta não alcançam tudo que desejam e determinam. Nem Jesus conseguiu que todos os seus patrícios abraçassem o Evangelho da redenção.

   Todos nos sentimos pequenos, frágeis, ligeiramente impotente em face do grande mundo que nos rodeia. Por outro lado, este é o fato consolador: embora limitados, algo podemos fazer. São pequenas gotas somadas que formam o grande oceano. Mesmo que os homens prefiram as trevas, a luz que você acende sempre clareia um pouco. Ser cristão é exatamente isso: iluminar à nossa volta, apontando caminhos, soerguendo corações abatidos, distribuindo esperanças. E acreditando, apesar de tudo.

   Não sou responsavel pelo mundo inteiro. Mas posso construir meu pequeno mundo interior. Lá eu sou eu, soberano, absoluto. Esse é o campo sagrado que me cabe cultivar. Esse é o barco que eu navego por minha Cachoeira com sabedoria, empenho e arte. Não quero deixar meu barco à deriva, sou responsável pela vida que o Senhor me deu, pelo trabalho, pela missão que me confiou.

   O inventor da imprensa, em 1454, foi Johannes Gutenberg, que permitiu a disseminação em massa de livros e do conhecimento. Há uma frase que diz que informações podem se traduzir em poder. Em setembro, quando a primavera andar nos campos, esse informativo estará completando 30 anos. A missão da imprensa digna não é outra senão, ser mensageira da paz, proclamadora de boas-novas. Mas “boas novas” não são apenas boas notícias – são verdades que libertam.

   Nosso jornal que, circulou pela primeira vez, - impresso - em setembro de 1995 se tornou um portal eletrônico de notícias e desde então quer ser ponte e não muro, como dizia nosso saudoso Papa Francisco: luz e não ruído e, isso o Portal Novo Tempo tem sido ao longo de sua história.

  Mas, voltemos a esse assunto na próxima edição. No momento, o que desejamos é estar em sua companhia, levar-lhes informações, caminhar com você pelas ruas de Cachoeira Alegre descobrindo seus encantos e suas precariedades, questionando, criticando e aplaudindo, apontando caminhos, porque, você, leitor, é a razão de nossa existência. E é com você, para você e por você que realizamos esse trabalho. Fique conosco e boa leitura!

O Editor