01 - MÊS DE BARULHO COM AS ELEIÇÕES, MAS TAMBÉM UM MÊS DE MISSÕES
Fernando Mauro Ribeiro
1 de out. de 2022
4 min de leitura
Nossa missão é anunciar, denunciar, informar... evangelizar através de nossas páginas, principalmente neste mês missionário. Celebramos o mês das Missões, do Rosário, a Padroeira do Brasil Nossa Senhora Aparecida, mês em que se dá as eleições presidências, já no seu segundo dia, levando-nos às urnas, para lá depositarmos o nosso voto. Eleições que, para muitos é a Festa da Democracia, eu diria, porém, que, principalmente esse ano, para mim, está mais para a festa do barulho.
Em um calendário recheado de datas festivas, meu coração se alegra com tantas celebrações e motivos que nos levam cada vez mais para perto de Deus. O apelo de Jesus é sempre atual: “Ide, portanto, e fazei discípulos todos os povos” (Mateus 28,19). Nós falaremos aqui, um pouquinho de tudo que encerra esse mês. Nesse editorial, quero destacar a importância de se comunicar, de pregar a Palavra, de ser missionário, de evangelizar. Sem me arvorar a dar para o nosso trabalho esse destaque, penso que na essência, é um pouco do que fazemos aqui, nós, do Portal Novo Tempo e, entendo como um dever: ser missionário sempre, comunicar o amor de Cristo em qualquer mês. É uma tarefa que herdamos dos apóstolos: “O que vos é dito ao ouvido, publicai-o de cima dos telhados”, disse um deles (Mateus capítulo 10, versus 7). Lembremo-nos de que uma menina que morreu muito nova -Santa Terezinha - a Santa da pequena via, abre o mês das missões.
Se, no Sermão da Montanha, Jesus fosse gravado por uma câmera de TV, uma webcam, um Iphone ou qualquer outra parafernália digital, a sua mensagem seria visualizada e tuitada por milhões de pessoas. A multiplicação dos pães teria gente do mundo inteiro querendo contribuir para saciar a fome de mais pessoas. Mas, como nada disso existia, a mensagem de Jesus era passada de boca em boca.
Ele falava numa linguagem pura e simples. Quem o ouvia percebia uma vida nova e começava anunciar em casa, nas praças públicas e sobre os telhados. Assim sua mensagem era transmitida. Hoje, nós usamos a tecnologia para anunciar Jesus. Porém, devemos usá-la bem, para não desvirtuarmos a mensagem e para que ela tenha a veracidade que Jesus nela imprimiu.
O desejo de nos comunicarmos é tão antigo quanto a nossa existência. Quem pensa que o sinal de fumaça é a forma mais antiga de comunicação está enganado. Muito anos antes de Cristo, a comunicação já era uma realidade. As pinturas nas cavernas, as escritas criadas pelos fenícios e até mesmo o pombo-correio, usado até pouco tempo pelos indianos, eram maneiras de comunicação.
A comunicação torna o homem mais íntegro, sábio e atento às necessidades dos outros. Ao olharmos a história, identificamos que, desde as escritas nas cavernas, a invenção da impressão e, hoje, a era digital, o homem quer ser percebido e amado. Jesus Cristo sabia dessa necessidade quando se dirigia aos que precisavam de ajuda e amor. Tocava cada um que encontrava pelo caminho. Curava a dor física e espiritual e transformava todos com o poder da comunicação. A partir de Jesus, olhar, é tocar, sussurrar, sorrir e acolher é regra básica para quem quer se comunicar bem.
Há 28 anos O Portal Novo Tempo apresentou a Cachoeira Alegre e região, ao mundo católico a ideia de comunicar o evangelho sobre os telhados. O jornal Novo Tempo, trazia já em sua primeira edição impressa, conteúdos que evangelizam, orações, entrevistas com bispos, padres e seminaristas, orações, matérias sobre a importância do Dízimo, programas dos eventos religiosos e etc. Entendo isso como uma missão e a intenção é tocar o coração dos nossos leitores, exortando-os e falando das bênçãos de Deus.
O envolvimento era - e ainda o é – tão grande que, não raras vezes me perguntaram se era um jornal paroquial. Algumas pessoas disseram: “isso é fogo de palha”, desacreditando nosso trabalho, mas a proposta era tão segura que sobrevive até hoje, sendo fonte de informação e quiçá de conversão para muitos. Há quem reconheça, hoje, o jornal como um grande ganho para a humanidade, já que estamos online e isso o torna muito mais abrangente.
A história de Cachoeira Alegre passa por aqui, o futebol, a política, documentos da igreja com um aprofundamento sólido e objetivo podem ser encontrados. Matérias das mais diversas, concebidas de forma didática, profunda, mas simples. São 28 anos de trabalho completados no mês passado. Estamos iniciando o Ano 29. Essa é a primeira edição Ano 29. Quando impresso, as pessoas interagiam através de cartas enviadas à redação. Um informativo com quase três décadas de história, que repercutia nos depoimentos das pessoas, que se traduziam em propostas de trabalho nas escolas, como me revelaram alguns professores e comentam ainda nos dias de hoje, alguns ex-alunos.
Reitero de que vejo esse trabalho como uma missão. E o que é missão? Como disse a própria Terezinha: “não sou um guerreiro que combate com armas terrenas, mas com a espada do Espírito que é a Palavra de Deus”. Aí é que está nossa missão. Nós temos uma visão equivocada de que missão é colocar uma Bíblia em baixo do braço e falar de Jesus para converter o outro. Não basta anunciar, é preciso testemunhar, não basta ouvir, é preciso traduzir em atitudes o que a Palavra nos ensina.
Não basta criar laços com a Palavra, é preciso fazer deles o nosso objetivo de vida. Ser missionário é anunciar Jesus e, anunciar Jesus, é crer nas pessoas e saber que em cada uma delas há uma semente plantada que espera germinar e dar bons frutos.
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