08 - DA MESMA FORMA QUE APLAUDIMOS, TAMBÉM TECEMOS CRÍTICA
Fernando Mauro Ribeiro
8 de jun. de 2022
3 min de leitura
Atualizado: 29 de jun. de 2022
A PACIENCIA DO POVO TÁ SE ESGOTANDO
Há quem diga, e eu diria até que com uma certa imprudência que o prefeito Fabinho não está fazendo nada. Discordo muitas vezes. Acho que as obras se arrastam e que, a seguir dessa forma, passarão seus quatro anos de mandato e Cachoeira não será atendida nem mesmo em suas prioridades.
Entendo como incoerência quando vêm até ao jornal para dizer que o prefeito não fez nada. Isso é uma inverdade. Quem é leitor do Portal Novo Tempo, vai encontrar aqui em suas páginas obras já concluídas e outras em andamento. Se fizermos uma análise mais aprimorada, vamos constatar que as obras que a administração anterior não concluiu – e são muitas – estão todas aí, paradas, estagnadas e o povo quer uma resposta, o povo quer saber quando elas serão retomadas. Para citar apenas duas: A construção da Creche e o Centro de Convivência na Pedreira.
Quando é que esses serviços serão retomados? Será que nem nessa administração essas obras não serão inauguradas? Esse tipo de indagação é comum, aqui em Cachoeira Alegre. A população em sua maioria, reconhece que o prefeito está atuando. Porém, há um grande número de descontes, em razão da lentidão e da falta de informação e diz também que precisa mais empenho da parte do prefeito e vereadores.
O jornal, na condição de porta voz da população está conversando com as pessoas, acolhe suas reivindicações, também faz questionamentos, reivindica em nome da população, faz crítica quando necessário e também aplaude nos acertos, nas conquistas. Particularmente, - essa é uma análise do editor – em relação ao calçamento da Avenida Antonio Fanni, eu diria que aquela obra é passiva de questionamentos. Veja:
A avenida foi inaugurada na administração do Prefeito João Batista Moreira Duarte, que tinha como vice o senhor Geraldo Fani, não custou uma fortuna aos cofres públicos, pois não houve indenizações, não houve desapropriações. Foi uma iniciativa da Paróquia de Cachoeira Alegre, que tinha como pároco o Padre Adriano Keet e como presidente o senhor Joaquim Ribeiro Gouvêa. A Paróquia em sintonia com a Diocese, doou toda aquela área para a abertura da extensa avenida e ainda contribuiu com o diesel para a máquina da prefeitura executar tal serviço.
Mais de 40 anos depois, a avenida não tem ainda pavimentação em sua totalidade. Há um trecho – mais uma obra não concluída do prefeito Bijú – sem pavimentação nenhuma. Nem pé de moleque, nem bloquetes e nem asfalto. A administração anterior iniciou a obra que parecia resolver o problema dos usuários daquela via. Uma vez não concluída, a galeria pluvial está totalmente entupida com a terra provocada pela erosão do barranco lateral e que, a enxurrada se encarrega de levar.
Meios fios arrancados, quebrados e outros danos causados à população. Sim, à população, pois as obras são realizadas com verbas advindas de nossos impostos. Quando é interrompida de forma irresponsável, causa prejuízos ao município e à população.
É inadmissível que uma avenida com mais de 40 anos, esteja no estado em que se encontra. Estive lá, constatei e fotografei, mas você também é responsável por fiscalizar. Vá até lá e veja com os próprios olhos o estado de abandono em que se encontra o local.
Perguntei ao Cláudio - é esse o senhor quem “executa” a obra de pavimentação - sobre o andamento do serviço, retomado na administração do Fabinho e ele disse: “tá parada”! O que está acontecendo? O que vi foi um amontoado de pedras e terra. Bueiros entupidos, meio fios quebrados, pedras pés de moleque assentadas de forma tão irregular que mais parece um monte de pedras misturadas a terra. Sinceramente, não se pode chamar aquilo de pavimentação, disse ao responsável pela execução do serviço.
Agora, eu gostaria que o poder público se manifestasse. Temos quatro vereadores aqui em nosso distrito. Eles estão alheios a tudo isso? Não os acuso, já que não tenho informações sobre as reuniões da Câmara, suas indicações, enfim, a atuação do Legislativo. É uma pergunta que faço como cidadão, como eleitor, como contribuinte e também em nome do povo. A todos é dado o direito de resposta. Na verdade, é um dever dos vereadores, passar à população, essas informações.
Com a rua Padre Nonato interditada há meses, e a Avenida Antonio Fani nesse estado que se encontra, a única via de acesso a Silveira Carvalho é a rua Padre Messias Passos. E os moradores dessas duas ruas se vêm prejudicados com a lentidão das obras e com o descaso com a avenida. “Precisamos de passar por aqui. Mas, de que jeito”?, me disse um morador quando eu fazia a reportagem. “Ô, aí não tem passagem não”! gritou o outro comigo. Como vêm, o povo está ficando impaciente.
O povo deseja saber, a população quer uma resposta. Com a palavra, nossos legítimos representantes!
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