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20 - A FESTA E SUAS CONSEQUÊNCIAS REPERCUTEM

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 20 de jan. de 2023
  • 6 min de leitura

Veja também nessa edição: “Mesmo com as constantes chuvas, devotos celebram seu padroeiro em cachoeira”.

É voz corrente que a festa e São Sebastião perdeu muito em entusiasmo. Não sou eu apenas quem digo, essa opinião é compartilhada por dezenas de pessoas, nos bate papos dos bares, nas esquinas, na Barraca da própria festa... Ficar aqui, indicando culpados por esse esvaziamento, acho desnecessário e talvez, até injusto, já que as pessoas que trabalham, o fazem como voluntários, e os organizadores, que cometem erros primários, creio que o fazem involuntariamente.

O que se poderia fazer é tentar encontrar as causas desse desinteresse pelo evento que, em outros tempos, era aguardado com enorme expectativa e vivido intensamente, quando Cachoeira Alegre recebia um número recorde de visitantes, para, tomados de entusiasmo celebrarem com o cachoeirense nosso padroeiro.

Vejamos algum ponto: o evento é mal divulgado. Em outros tempos – fui às Rádios Catedral e Muriaé, onde concedi entrevistas para falar dessa secular festa e divulgar a programação – se divulgava nas Rádios, os programas eram fixados em comércios estratégicos das cidades da região. Percebe-se que, isso não é feito nos últimos anos. Me encontrei com muita gente – cachoeirense ou não – em Muriaé, no Rio de Janeiro e outras cidades, em busca de informações, do tipo: “nada se sabe sobre a festa de São Sebastião”, ou “Esse ano não foi elaborado um programa”? ou ainda: “Você não publicou a programação no Portal Novo Tempo, não vai haver a festa”?

Diante disso, fica evidente a má divulgação ou a não divulgação do evento. Argumentei, que não vira ainda o programa, que havia pedido que me enviassem alguns para eu divulgar aqui no site, fixar em estabelecimentos comerciais e distribuir com amigos, que ainda não havia recebido, mas que ficassem atentos, pois eu publicaria.

Outro ponto: Falta iniciativa por parte de nosso pároco que não conclama os paroquianos a tomarem parte na Novena, - que de certa forma, prepara-os para a grande festa - e sua ausência é notadamente sentida pelos paroquianos. É muito cômodo, deixar que o povo celebre sozinho, na sede da Paróquia, e que o pároco, venha apenas para celebrar no dia da Festa. Já não há mais a tradicional procissão. Fora substituída pela carreata.

No interior do clube Jupter, na Barraca-Varandão e na Praça da Matriz, a cada ano, a presença do padre é cobrada: “Por que o padre não almoça aqui com a gente”? “O padre João poderia fazer uma visita, estar em contato com as pessoas”! “Será que o padre não vai pelo menos dar uma passadinha por aqui”? “Os outros padres compartilhavam com a comunidade desses momentos”. Ah! Ele deve vir, sim”! (pondera uma senhora). “Não virá não. Todo ano é assim. Ele termina a Missa e vai embora”! “Esse padre, nunca o vi, aqui. Essa parte social também é importante”! “Não. Ele já disse tantas vezes, no altar, que não gosta de Cachoeira. Isso confirma o que ele disse”! “Por que ele não mora aqui? A Casa Paroquial é tão boa. Aqui não é mais a sede da Paróquia”? (indagava um cachoeirense que não mais reside aqui).

Não sei que avaliação farão os organizadores, mas é notório também que muitos não viram com bons olhos, a Igreja-matriz manter-se fechada, às escuras, enquanto a Novena era realizada nas casas. “Não gostei, não! O local para o povo se reunir é na Matriz”. “É mesmo, lá estamos diante do trono de São Sebastião, a Igreja atrai e acolhe mais pessoas”! “Não se ouve mais o som dos sinos como antigamente, por que”? “Esse ano não houve então as visitas das Comunidades”?

Num determinado momento, argumentei que há um ponto positivo, como nos recomenda o Papa Francisco: “É a Igreja em saída. A Igreja indo ao encontro de seu povo”. Mas, para isso há os Círculos Bíblicos e outros encontros como a Reza do Terço nas casas, enfatizou um membro do Apostolado do Terço dos Homens. É preciso avaliar essa mudança e ver se foi, para quem, em que sentido e até onde ela foi benéfica.

Há ainda uma questão que considero negativa e, que nesse caso os organizadores não têm muito o que fazer. Trata-se do “Bloco dos Indiferentes de Tudo”. Isso mesmo, os alienados. Aqueles que nada propõem, que se sentam confortavelmente diante da TV, naquela de “deixa a vida me levar”. Não querem se inserir no contexto, ignoram totalmente: não vão nem mesmo fazer o “social”, se confraternizar nas Barracas, rever os amigos no Almoço do Reencontro; não contribuem nem mesmo com sua presença física, mas que são experts em criticar.

Não posso deixar de dizer que, soma-se a tudo isso, o mau tempo, com as constantes chuvas que dificultam o ir e vir de muita gente; principalmente se levarmos em consideração o péssimo estado de nossas estradas. Esse, aliás, é um problema crônico; todo ano é a mesma coisa, a mesma ladainha. Assunto que é comentado à exaustão aqui em nosso informativo.

Ditas essas coisas, que espero sinceramente contribuir de alguma forma, para que em 2024 se tenha corrigido os possíveis erros. Abordo essas questões, sabendo que, muitas vezes, esse tipo de matéria, causa enorme repercussão, mas nem sempre absorvemos o essencial, nem sempre aprendemos a lição. Preferem criticar a jornal, seu editor e condenar o trabalho de alguém que há 29 anos realiza um trabalho sério em favor de Cachoeira Alegre e região. Fazer-se de vítima, às vezes, é mais cômodo. Atacar é mais fácil que admitir os erros, assimilar as falhas e traçar novos caminhos.

Reitero que, assino esse artigo sem o menor receio de críticas. Elas fazem parte, e as recebo de forma tranquila, porque sei que elas me ajudam. Sempre foi assim. E se enumero essas questões, é com o conhecimento de quem fez parte de Comissões de festas, de quem há décadas, vem contribuindo e, em condições muito desfavoráveis, com dificuldades muito maiores. E que não é a crítica pela crítica; continuo contribuindo e nunca deixei de participar das festividades, de prestigiar os eventos.


MESMO COM AS CONSTANTES CHUVAS, DEVOTOS CELEBRAM SEU PADROEIRO EM CACHOEIRA.

A Festa de São Sebastião que teve início no dia 11 com a Novena em honra ao Santo, culminou hoje, dia 22 de janeiro, como o estimado leitor deve ter lido no programa – apesar do atraso - publicado aqui. O ponto alto da festa que seria no domingo, ficou devendo. Houve a Missa na Igreja-matriz, para um número bastante reduzido de paroquianos – quase não recebemos visitantes nesse ano - . Isso, não é novidade, já há algum tempo, percebe-se o quanto diminuiu a frequência às missas na Matriz; mas, principalmente em se tratando da Festa do Padroeiro!

O Leilão de Bezerros não aconteceu, segundo nos foi passado, em razão das constantes chuvas que caíram ao longo da semana, não foi possível chegar às fazendas para recolher as prendas. O que provavelmente será feito na próxima semana, quando então será realizado o Grande Leilão. Ressaltamos que, a meteorologia precisa contribuir para que isso se concretize.

O Almoço Beneficente foi realizado no Jupter Clube, como de praxe. Esperava-se um número maior de pessoas, mas, aquelas que lá estiveram, se confraternizaram e dentre outros tantos comentários acerca das festividades – como expressas na matéria: “A festa e suas consequências repercutem” - o acerto em relação ao cardápio e o tempero que deu sabor ao banquete foi altamente positivo.

Estando lá com alguns amigos, me foi possível escrever a tal matéria, oriunda desse encontro e me permite também, testemunhar o excelente tempero dessas abnegadas cozinheiras. Na oportunidade, aproveito para agradecer àqueles que generosamente deram sua contribuição, doando mantimentos que viabilizou servir o delicioso almoço por preços populares. Mas, não posso me furtar em agradecer também àquelas senhoras que utilizando de suas mãos abençoadas, modelaram, fritaram, cozinharam, assaram, temperaram e levaram à mesa, tão apetitoso almoço.

A festa teve sequência com o SERVIÇO DE BAR, o movimento da Barraca no VARANDÃO DO CLUBE, a competição dos amantes dos tabuleiros no JOGO DE DAMAS e a Domingueira com o repertório eclético – música ao vivo – de GEOVANNY SANTANA & BANDA.

Nossos agradecimentos a todos que de alguma forma deram sua contribuição. Àqueles que se fizeram presentes, nosso aplauso, pois entenderam que uma Comunidade só é grande quando todos participam.

Fernando Mauro Ribeiro

 
 
 

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