Um fato narrado pelo evangelista Lucas pode ser uma porta para entrarmos no mistério da Família de Nazaré: a perda e o encontro de Jesus, aos 12 anos: Lc 2, 41-52 (deixo esse texto para a sua leitura pessoal). É preciso levar em conta que a família é a primeira sociedade humana. Ela nasce de uma comunhão de amor e de vida, e completa-se com a geração dos filhos. Nela, a criança tem condições de aprender as leis básicas do comportamento social; o jovem, a possibilidade de desenvolver seu comportamento crítico, descobrindo tanto os valores do mundo que o cerca, como o que há nele de negativo.
Em uma sociedade que pela massificação, tende transformar todos em robôs, a família se destaca pelo valor que dá à pessoa como tal. Cada filho é único e irrepetível, livre e responsável. A família é a melhor escola para aprendermos a amar a Deus sobre todas as coisas. Não haverá espaço para o egoísmo se os corações e os pensamentos de esposos e filhos estiverem voltados para Deus, supremo amor. A espiritualidade familiar é feita de milhares de gestos reais e concretos. um deles é a sinceridade: quando se vive em família é difícil fingir e mentir; não se consegue usar uma máscara por muito tempo.
a oração em família é um meio privilegiado para exprimir e reforçar a fé. Por isso, é necessário encontrar alguns minutos, cada dia para estar unido na presença do Senhor, dizer-lhes as coisas que os preocupam, rezar pelas necessidades familiares, orar por alguém que está atravessando um momento difícil, pedir-lhes ajuda, dar-lhes graças pelas coisas boas, suplicar à Virgem que os proteja. “A família que reza unida permanece unida”.
O Papa Francisco nos tem lembrado que nenhuma família é uma realidade perfeita, mas precisa de um progressivo amadurecimento em sua capacidade de amar. Já que Deus quer isso de nossas famílias, Ele vai ajudá-las a atingir esse ideal.
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