10 - MÊS DE MARIA: MARIA MÃE DE TODAS AS MÃES!

Por admirável desígnio de Deus, o Evangelho é muito parco em detalhes a respeito de Nossa Senhora. Foi apenas no gradual doutrina da Igreja que foram sendo revelados os maravilhosos predicados da obra-prima do Criador. Entretanto, mais do que aos estudos dos sábios e doutores, isso se deveu à iniciativa dos fiéis inspirados pelo Espírito Santo.

Foi, com efeito, a piedade popular que impulsionou a devoção a Maria e – quase se diria -exigiu a proclamação dos dogmas da Imaculada Conceição e da Assunção. Por outro lado, as grandes aparições marianas, notadamente Medalha Milagrosa, Lourdes e Fátima, logo receberam a aprovação do povo de Deus e deixaram claro ao mundo todo o papel e a missão da Virgem Maria.

Nas Bodas de Caná, Maria intercedeu junto a Cristo pelos noivos. “Eles não têm vinho”. (Jo, 2 – 3) e disse depois aos serviçais: “Fazei tudo o que Ele vos disser”! Segundo o Evangelho, bastaram estas palavras para que Jesus realizasse o primeiro milagre de sua vida pública: a transformação da água em vinho.

Roguemos que esse humilde pedido transcenda os umbrais do tempo e obtenha neste fim de maio, o mês de Maria, inimagináveis graças para nós. De nossa parte, precisamos seguir apenas a mesma recomendação de Maria aos servos da boda: “Fazei tudo o que Ele vos disser”!

MARIA, MÃE DE TODAS AS MÃES!

Falar do mês de maio sem lembrar, falar ou me referir a Nossa Senhora é verdadeiramente impossível. Falar do amor de mãe, dos cuidados da intercessão sem citar a Virgem Maria é não conseguir completar o meu raciocínio. Por que? Porque maria é modelo, fôrma e forma. Jamais conseguimos ser uma boa e verdadeira mãe se a ignoramos.

Maria, medianeira de todas as graças, aquela que acreditou, obedeceu, renunciou, educou, se dedicou, cumpriu a missão que Deus lhe confiara. Deu a sua vida, estava presente nos momentos mais importantes, desde os mais felizes aos mais dolorosos da vida de seu Filho. Sem deixar de ser mãe, soube ser companheira, formadora, incentivadora, acolhedora, fabricante de pãezinhos e cozinheira.

De joelhos no chão e olhos para o céu, nunca perdeu uma guerra contra seu maior inimigo, o demônio, que a conhece muito bem, sabe o grau de obediência ao Pai e treme só de ouvir o seu nome. Maria, Mulher frágil, doce, meiga, simples, pura, verdadeira, que soube dosar sua delicadeza de mulher com a fortaleza de um leão no que se tratava de defender e cuidar de seu Filho, de sua casa, de seu lar.

Nunca desejou para Ele os primeiros lugares, os aplausos, a fama, mas o ensinou e o educou para se dócil à vontade de Deus e obediente ao Pai até a morte, e morte de cruz, se necessário fosse. Não reclamou quando o trono de seu filho foi uma cruz e sua coroa, de espinhos.

Não murmurou, não cobrou, nem exigiu de Deus qualquer explicação aos pés daquela terrível cruz, mas simplesmente acolheu. Cumpriu sua missão até o fim, sabendo que o Filho que Deus lhe dera para criar, educar, cuidar, voltava agora para o Pai. Lá estava Maria, neste momento doloroso da paixão de seu Filho, aos pés da sua cruz, em pé. Com o coração triturado pela dor, mas com a confiança de uma serva que acabara de cumprir sua missão junto ao seu Senhor.

Mãe, ensina-nos a ser mães. Ensina-nos a autoridade sem autoritarismo. O amor verdadeiro por nossos filhos, sem cobrança, sem acertos de contas. Sem comparações. Mãe, pede ao Pai que nos capacite com os dons necessários para estarmos juntos aos nossos filhos por inteiro, sem divisões e sem restrições.

Dá-nos mãe, a graça e a força de ver nossos filhos morrerem numa cruz, se preciso for, para darem testemunho a um mundo mergulhado na incredulidade, que existe um Deus no céu, soberano e poderoso, Senhor da vida e da morte.

Acolhe mãe, as lágrimas que derramamos pelas vezes que não fomos as mães que nossos filhos precisavam, que nossos filhos necessitavam. Completa mãe, o que faltou na vida e educação deles para que a obra de Deus seja completa em suas vidas.

Por fim, mamãe, alcance da Santíssima Trindade para nós, a graça de um dia estar contigo no céu, onde tudo se fará novo, um novo céu e uma nova terra; onde a dor, o sofrimento já não terão vitória em nossas vidas pois tudo o que é velho terá passado.

Mãe, a senhora sabe que não é fácil ser mãe. Que a cada dia vai se tornando mais difícil o desafio da maternidade, por isso, te peço, venha ser mãe com as mães do mundo inteiro e seus filhos serão educados e amados como foi Jesus. Suas casas serão, com toda a certeza, como sua casa em Nazaré, um ninho de aconchego e calor”. A todas as mães, um feliz dia das Mães e um santo mês de Maria!!!

Cristina Ribeiro