Chegou dezembro novamente, “então rápido” é a sensação que temos. Quantos acontecimentos ao longo desse ano! Muitos deles bons e outros muito desafiadores. Por quantos destes demos graças ao Pai? Em todo tempo, bom ou mau, devemos agradecer a Deus por aquilo que Ele nos permite viver. A gratidão, independente da circunstância revela um coração confiante, e a confiança produz a esperança, e esta não pode faltar. É por meio dela que nos vêm o ânimo, o vigor, a firmeza, a coragem.
Assim deve ser o nosso coração: ancorado, atracado no amor de Deus, “Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize”! (João 14,27, disse Jesus. Antes ainda, salientou: “Dou-vos a minha paz. Não como o mundo a dá”. A paz é contrária à perturbação, sinônimo de desordem, aflição, inquietação. Ora, se dizemos ter a paz de Cristo, esta que Ele mesmo nos dá. Como podemos nos desorientar ao longo do percurso? Será que como os discípulos na barca, nos falta a fé no Cristo, que estava com eles?
Talvez muitos de nós não temos experimentado ainda a vivência “efetiva” da Fé, como a recebemos no batismo. Cabe a nós a prática dessa virtude que deve ser constante, a Fé é a nossa âncora. Venham os ventos contrários, as tempestades, diremos como São Paulo: “Não me queixo. Não. Sei em quem pus minha confiança” (2 Timóteo 1,12) Mas de verdade! Não somente nas palavras. É a graça que devemos pedir a todo momento: Senhor, aumenta a minha fé”.
Pela fé, o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade, com todo o seu ser, o homem dá assentimento a Deus revelador CIC (143). Assentimento para fazer também em nós, o que fez com tantos ao longo da história. Basta abrirmos a nossa Bíblia para vermos como Deus se manifesta e o que faz na vida de homens e mulheres de fé. E por meio deles, revela-se na vida dos demais.
Temos nós sido portadores da fé, esperança e paz? Portadores do próprio Cristo? A nossa vida, a forma por qual passamos por cada situação cotidiana tem revelado Cristo vivo para o outro? O Reino de Deus é paz é alegria no Espírito Santo. Ora, não é o que pedimos todos os dias, “Que venha a nós o vosso Reino”?
Sobre a paz, Jesus disse a serva de Deus Luisa Piccarreta: “Minha filha, quando um rio está exposto aos raios do sol, olhando para dentro vê-se o mesmo sol que está no céu, mas isto acontece quando o rio está calmo, sem que nenhum vento perturbe as águas; mas se as águas estão agitadas, apesar de o rio está todo exposto, nada se vê, tudo é confusão.
Assim, a alma quando está exposta aos raios do Sol Divino, , está calma, sente o Sol Divino em si mesma, sente o calor, vê a luz e compreende a verdade; mas, se está perturbada, embora o tenha em si mesma, não sente outra coisa que confusão e perturbação. Por isso, considera a paz como o maior tesouro, se deseja estar unida comigo”. (12 de abril – 1904)
Na virada desse ano, quando desejarmos paz aos familiares e amigos, que não seja outra, senão esta paz, a paz de Cristo, a paz que excede toda inteligência.
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