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02 - É DIA DE FINADOS E EU QUERO SABER: DEVO IR AO CEMITÉRIO

  • Fernando Mauro Ribeiro
  • 2 de nov. de 2023
  • 4 min de leitura

Minha mãe faleceu a três anos e eu nunca visitei seu túmulo. Meus irmãos me cobram por isso. Padre Francisco, é importante ir ao Cemitério rezar pelos falecidos] Gostaria de saber. A pergunta vem de Alfredo Matias de Araújo – Campo Grande - MS. Quem dá a resposta é o próprio Pe. Francisco Sehnem, SCJ. Esta pode ser para muitos, uma dúvida também. Vamos, pois, aos esclarecimentos:


É IMPORTANTE IR AO CEMITÉRIO REZAR PELOS FALECIDOS

Segundo a fé católica, nós podemos oferecer orações, sacrifícios e missas para pelos mortos, para que eles sejam purificados de seus pecados e entrem o quanto antes, na glória do Céu. A tradição da Igreja confirma a fé no purgatório e a conveniência de rezar pelos defuntos. Quem se professa católico, não só pode como deve orar pelos seus entes queridos que já partiram. Como queremos ser lembrados por nossos parentes e amigos quando morrermos] Como ou sem oração] Então, elevemos preces a Deus e peçamos a intercessão da Virgem Maria e dos Santos por nossos falecidos, pois cremos na comunhão dos Santos, como rezamos no Credo.

Rezar pelos falecidos é uma obra de misericórdia. Quando em vida cuidamos de nossos irmãos enfermos e rezamos pelos pecadores, do mesmo modo, depois de mortos devemos ter piedade deles rezando pelo seu descanso eterno. Santo Agostinho disse: “Uma lágrima evapora, uma flor murcha... só a oração chega ao trono de Deus”. O dia 2 de novembro é um dos dias mais emblemáticos do calendário civil e religioso: é Dia de Finados. Dia de sentimento de perda e de saudade, de recolhimento, de silêncio e oração, de esperança e fé na ressurreição dos mortos.

Visitemos os túmulos dos nossos entes queridos e rezemos com tantos irmãos que encontremos nesse dia. É um momento de partilhar nossos sentimentos mais profundos, as emoções mais verdadeiras e a fé mais autêntica e sincera que invadem nosso coração. Se você for ao cemitério, não leve só flores, leve também as suas orações. Pode acender as suas velas, mas não se esqueça que elas são símbolo do Senhor Ressuscitado e da nossa fé na vida eterna. Enquanto a vela queima, eleve a sua prece a Deus por seus irmãos que já se foram.

A Igreja tem três motivos quando reza pelos defuntos:

A comunhão entre os membros de Cristo, vivos e mortos, tanto na morte como na vida, somos todos irmãos;

Consolar, confortar e prestar ajuda espiritual a quem está enlutado pela morte de um ente querido;

Ajudar espiritualmente a quem morreu, de modo que, se for da vontade de Deus, a oração ajude a se purificar e chegar a Ele.

Pe. Francisco Sehnem, SCJ.



COM A SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS, INICIAMOS O MÊS DE NOVEMBRO

Com a solenidade de todos os santos, iniciamos o mês de novembro lembrando de nossa vocação à santidade. Já no segundo dia do mês, com a lembrança especial dos falecidos, a Igreja quer chamar a atenção para a grande verdade, baseada na Revelação: a existência da Igreja triunfante no Céu, e a militante na Terra. E proclamar a certeza de que unidos à Cristo passaremos da morte à vida sem fim. O fundamento para nossa fé, em torno da vida nova, que começa na morte, está na ressurreição de Jesus Cristo.

Devemos olhar para a morte, numa perspectiva de esperança, valorizando a vida, sem perder as oportunidades de nos preparar par a eternidade com Deus. Mas como lidar com a perda daqueles a quem amamos] A morte é uma contingência humana. Ou seja, faz parte da fragilidade do ser humano. É o ciclo da vida. Portanto, todos nós morremos. Como nos ensina o Livro de Eclesiastes: “Debaixo do céu há momento para tudo, e tempo certo para cada coisa: Tempo para nascer e tempo para morrer”. (Ecle 3. 1-2).

Por outro lado, isso não muda o fato de a perda de entes queridos ser uma das experiências mais dolorosas com a qual inevitavelmente nos deparamos em nossa jornada. Existe um período chamado luto que, sabiamente, nos ajuda a aceitar essa condição. A maneira de vivenciá-lo, depende de cada um e do grau de afinidade com a pessoa falecida, mas, em geral, ele é marcado, num primeiro momento, pelo choque diante do inesperado ou do incontrolável, gerando uma espécie de anestesia, principal indicador de que a perda ainda não foi assimilada. Depois vem a fase em que “a ficha cai”, como muitos dizem, ou seja, entendemos a dimensão do ocorrido e resistimos em aceitar; muitos cegam a acreditar que irão acordar e a realidade será outra.

Quando finalmente, percebemos que nada mudará, vem o sofrimento, o choro, a falta que a pessoa começa a fazer. Em seguida há a fase da revolta, culpa-se Deus, culpa-se a si mesmo... e por fim, vem a aceitação e o necessário retorno à rotina. Fiz esse descritivo detalhado, para mostrar o quão importante é vivenciar o luto e, assim, conseguir superar a perda e continuar a viver. Não podemos ignorar a ausência de um ente querido, mas temos que aprender a ser felizes apesar disso, evitando a instalação de um sofrimento desordenado e duradouro com consequências negativas para a saúde, tanto do corpo quanto da mente e do espírito.

Superar a perda não significa esquecer aqueles que amamos e já partiram, pois, o amor não termina com a morte. Eles não fazem mais parte da nossa vida terrena, mas continuam em nosso coração. A saudade e as lembranças devem ser cultivadas, mas não o sofrimento. A pessoa deve fazer a Deus a entrega desse ente querido, sem precisar esquecê-lo, pois nem a morte acaba com o amor e os laços que ou une, apenas lembrar com saudades, mas sem sofrer. Quando à morte física afasta de nós uma pessoa a quem amamos, permanece em nossos corações a saudade que traz consigo a esperança de que um dia nos encontraremos de novo, no lugar que o Senhor tem preparado para nós.

Pe. Reginaldo Manzotti

 
 
 

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