Sim, foi instituído o Dia do Cachoeirense em 1º de novembro de 1979, portanto, hoje é Dia do Cachoeirense. Para muitos, passará despercebido, uma vez que não há nenhuma manifestação ou comemoração por parte das Escolas Municipal e Estadual, nem das Igrejas Evangélicas, da Paróquia de São Sebastião – nem uma menção, um dobre de sinos – assim como da parte da população, os filhos da terra sequer soltaram fogos para saudar o seu torrão no seu aniversário de 164 anos.
Quanto ao poder público, é triste conviver com tamanha indiferença, com o descaso para com essa terra abençoada. Finalmente, decidiu-se de última hora, a “toque de caixas”, às vésperas, que se faria a festa. E que festa!!!
Não há desfile cívico de nenhuma das Escolas, não há um momento cívico, sequer as Bandeiras do Brasil, do Estado, do Município e de Cachoeira Alegre são hasteadas. Aliás, já há algum tempo que o evento se resumiu a uma partida de futebol e shows regionais. Também a população é indiferente, não se cobra do prefeito, vereadores, Secretaria da Cultura, diretores de Escolas e outras entidades como a própria Paróquia que nem uma missa é rezada nessa data, para celebrar o nosso dia.
Em outros tempos, os sinos anunciavam, os fogos subiam aos céus cachoeirense, algumas vezes fomos despertados por Bandas de Música, as pessoas se abraçavam, as caravanas de cachoeirenses ou não, vindo de outras cidades, aqui chegavam, e se ouvia na Praça da Figueira, nas ruas, nos lares, nos bares, o grito vibrante de: VIVA CACHOEIRA!
Já fiz minha prece por todos os cachoeirenses, e mesmo que o meu grito não ecoe, mesmo que abafado pela inércia e indiferença de tantos, continuo gritando: Viva Cachoeira!
“Levei você no coração por onde andei. Falei de ti, pra muita gente. Eu falei, do quanto amo o doce mundo onde vivi, e o quanto quero o lugar onde nasci...” Zé Olavo, parceiro nessa canção em homenagem a Cachoeira, deve estar cantando-a em outras dimensões, enquanto aqui, nossa gente se cala.
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