27 – NA CAPELA DA PEDREIRA: NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO
Fernando Mauro Ribeiro
há 14 horas
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Em 27 de junho a Igreja celebra Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Em Cachoeira Alegre, essa devoção vem desde os anos 1945, quando um grupo de pessoas se reunia na residência das Irmãs Gonçalves para fazer a novena.
Lembro-me que, o ano era 1966, eu tinha nove anos, e me colocava de joelhos diante da belíssima imagem em seu oratório, para rezar a “Salve Rainha”, ao final da reza do santo Terço.
O tempo passou, as irmãs Gonçalves partiram ao encontro do Pai Eterno, a imagem ficou com um sobrinho Jaci Padeiro, na Fazenda Vista Alegre. Algum tempo depois, estando ele com problemas de saúde, ele fora visitado pela senhora Zuleica Rogel Ribeiro - minha mãe - que, lhe pedira para doar a imagem e, que se comprometeria reunir um grupo de pessoas para rezar a novena em sua casa.
Tendo, pois, conseguido a imagem, dona Zuleica decidiu que, ao invés de um pequeno oratório, seria erigida uma Capela que seria consagrada à Virgem santa.
Em 1999 iniciou-se a obra na Pedreira, à Rua Padre Messias Passos e em 2001 fora inaugurada com missa solene e entronizada a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, num evento que reuniu centenas de fiéis, como relata o jornal Novo Tempo à época.
É comum ver romeiros passarem pelo local para fazer uma prece. A singela Capela é bastante visitada e principalmente, no mês de junho, muitos fiéis, lá se reúnem para reza a Novena em honra à Mãe de Jesus. Esse ano, novamente, estarão lá os devotos para a celebração.
Fernando Mauro Ribeiro
CONTAGIANTE CANTO DA ETERNIDADE.
Contagiante canto da eternidade. Há uma melodia que precisamos escutar. Há muitos cânticos e até sons perturbadores, mas há uma melodia que ninguém pode deixar de ouvir.
Já eu vou lhe dizer qual é! Calma! Aliás, se há pressa a beleza melódica do que precisamos ouvir vai passar e nem vamos perceber sua grandeza singeleza e ternura. É uma melodia que precisa penetrar o mais profundo de nosso ser e há quem sabe cantá-la. Já vou lhe dizer quem é! Quem ouviu esse som contagiante e inexplicável pulou de alegria, pois sou como um vento suave e aconchegante numa tarde ensolarada e quente.
Mas, essa melodia não era cantada por uma só voz, mas por uma multidão que se alegrava por ter conquistado o mais alto prêmio de toda a vida. E que bom se essa melodia fosse ouvida em todos os cantos da terra, a melodia do amor. Eis o que eu queria lhe dizer.
Talvez alguém me perguntasse: “Mas qual é a novidade”? A novidade é exatamente perceber, sentir como essa melodia é contagiante. E Maria, a mãe de Jesus, entoa esse belo e contagiante canto da eternidade.
Quando contemplamos o ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que beleza, que esplendor, que melodia que nos vem da eternidade. Ícone riquíssimo de mensagem para nós, mensagem de vida, de presença e de apontamento do caminho para o qual devemos andar.
Seu olhar sereno e acolhedor nos contempla, e é tão carregado de ternura que nosso olhar se extasia diante de tanta beleza e meiguice. Ó mulher bendirá e incomparável criatura!
Nunca vemos em Maria, momento algum de tristeza ou de desânimo. Está sem cessar envolvida pela melodia da eternidade, do amor sem fim.
Suas mãos acolhem o Menino Deus, acolhe sua humanidade, e, como humano, há medo e insegurança. Mas ela está ali, presente. É como o grito estridente e ao mesmo tempo sufocado:“Mãeeeeeeeeeeeeeee...”, da criança em apuros, interessante o que já sabemos: “Nas horas difíceis, chamamos pela mãe”.
Maria apoia suavemente a mão do Menino Deus e olha para nós. Seu olhar é carregado de exortação. É nele que se encontram a vida, a paz e a salvação. Por isso, suas mãos apoiam, mas não seguram a pequena mão do Filho de Deus, e ao mesmo tempo apoia para ele. É para Ele que devemos caminhar, sem medo e sem perder tempo. Ele deve ocupar em nossa vida o primeiro lugar.
Essa é a melodia que devemos ouvir, todos os dias, e que ressoa em todos os tempos e em toda história: Maria, o perpétuo socorro de amor, caminha conosco e não se cansa de pôr ao nosso lado e conosco caminhar para Jesus.
Pe. Ferdinando Mancílio
UMA DEVOÇÃO QUE PERCORRE O MUNDO INTEIRO
Dia 26 de abril de 1866, há 159 anos, o Papa Pio IX, na Igreja de Santo Afonso Maria de Ligório, na vila Merulana, em Roma, diz aos Missionários Redentoristas, entregando a pintura-ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: Façam-na conhecida no mundo inteiro”.
Essa pintura fora roubada por um comerciante na Ilha de Creta. Vendo o assédio a essa pintura por tantas pessoas que a veneravam e obtinham graças especiais, pensou lucrar bom dinheiro com ela.
Em Roma ficou escondida, depois venerada, sobreviveu a perigos, destruição... finalmente sua história e devoção percorrem o mundo tornando-se até padroeira da nação do Haiti.
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